Vizinhos forçam autoridades norte-americanas a desistir da detenção de pai e filho ilegais no país - TVI

Vizinhos forçam autoridades norte-americanas a desistir da detenção de pai e filho ilegais no país

  • ACZ
  • 24 jul 2019, 16:31
Polícia dos Serviços de Imigração

Pai e filho permaneceram durante quatro horas dentro de um carro para evitar a detenção

Um agente de imigração viu-se obrigado a desistir da detenção de um imigrante ilegal que se recusou a abandonar o seu veículo, no qual permaneceu durante quatro horas com a ajuda dos vizinhos. O incidente aconteceu segunda-feira em Tennessee, nos Estados Unidos.

A cadeia de televisão local WTVF-TV, conta que o carro do imigrante ilegal não identificado tinha sido bloqueado por um agente dos Serviços de Imigração e Alfândega, que tinha na sua posse um mandato de detenção. No entanto, esse documento não permite a remoção forçada de pessoas da própria casa ou viaturas.

Uma vez que o homem, acompanhado do filho de 12 anos, se recusou a abandonar a carrinha, os vizinhos decidiram ajudar, fornecendo água, comida e combustível. Perante este cenário, o agente dos Serviços de Imigração chamou a polícia local, mas esta recebeu ordens para não agir e manter-se apenas por perto para intervir, se necessário, em eventuais situações de confronto.

Várias horas depois, os vizinhos decidiram formar uma corrente humana para proteger e dar cobertura ao pai e ao filho menor, enquanto estes corriam para dentro de casa, levando os Serviços de Imigração a desistir da detenção e a abandonar o local.

Stacey Farley, uma das vizinhas, disse a família "não incomodava ninguém" e que "eram boas pessoas".

Eu tive oportunidade de ver se estas pessoas eram criminosas, mas não são. Estão apenas a tentar sustentar os filhos". E acrescenta, "a família não incomoda ninguém. Vão trabalhar todos os dias, voltam para casa, as crianças pulam no trampolim. É apenas uma comunidade". 

Em resposta a esta situação, os Serviços de Imigração emitiram um comunicado no qual esclarecem que se limitam a cumprir a lei e que as suas operações não têm por base nenhum fator discriminatório. 

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