A amostra selecionada para o estudo, publicado no jornal científico «Violence and Gender», incidiu sobre 86 jovens universitários norte-americanos, a maioria caucasianos.
Entre outras questões, perguntaram aos estudantes como agiriam numa situação em que fosse possível ter relações sexuais com uma mulher contra a sua vontade, «sem que ninguém soubesse e sem que houvesse consequências».
Quase 32% dos participantes afirmou que nessas circunstâncias teria relações sexuais com uma mulher. No entanto, nem todos os que deram esta resposta reconheceram tal situação como uma violação, dado que apenas 16,3% respondeu que violaria uma mulher quando questionado diretamente.
«Alguns homens afirmaram usar a força para ter relações sexuais, mas negaram violar uma mulher», contaram os autores do estudo.
Os investigadores deram ainda conta que esta lacuna pode ter implicações para os programas de educação sexual e de consentimento, sugerindo que estes grupos se foquem na desmitificação da ideia estereotipada de violador, avança o «The Independent».