Viver perto de estradas principais aumenta risco de demência - TVI

Viver perto de estradas principais aumenta risco de demência

Estrada

Estudo revela que risco de demência aumenta em 7% nas pessoas que vivam a menos de 50 metros de uma rua movimentada

Viver perto de estradas principais aumenta risco de demência. A relação foi alcançada através de um estudo de investigadores do Instituto de Saúde Pública de Ontário, no Canadá, em conjunto com outros cientistas do Institute for Clinical Evaluative Sciences.

Segundo aquela pesquisa, publicada na revista The Lancet, o risco de demência é 4% acima do normal para as pessoas que vivem a cerca de 50-100 metros de estradas com muito movimento e 2% acima para os que vivem entre 100-200 metros.

O estudo, que incidiu sobre seis milhões de adultos a viver em Ontario, no Canadá, entre 2001 e 2002, descobriu ainda que as pessoas que viviam a menos de 50 metros de uma rua movimentada tinham um risco 7% mais elevado.

De acordo com o estudo, a exposição prolongada a dois poluentes comuns – Dióxido de nitrogénio e partículas finas – estão associadas à demência mas não explicou o efeito na sua totalidade, sugerindo que outros fatores como o barulho e outros poluentes podem contribuir para este aumento.

O nosso estudo sugere que as estradas movimentadas podem ser uma fonte de stress ambiental que pode aumentar o risco de demência. O aumento da população e de urbanização colocou muitas pessoas próximas do trânsito e com a exposição generalizada ao tráfego e as taxas crescentes de demência, mesmo um pequeno efeito de proximidade de estrada poderia representar um grande problema de saúde pública”, explica Ray Copes, especialista do Instituto de Saúde Pública de Ontário.

O investigador explica ainda que “as substâncias poluentes penetram na corrente sanguínea e causam inflamações que estão ligadas a doenças cardiovasculares e podem facilitar o aparecimento de outras patologias como a diabetes”.

O estudo também mostra que esses agentes poluentes podem chegar ao cérebro através do sangue e levar a problemas neurológicos”.

Os cientistas descartaram, no entanto, a ligação entre a proximidade das estradas com muito trânsito e a doença de Parkinson e a esclerose múltipla.

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