O pai da jovem portuguesa que testemunhou o massacre de quarta-feira na escola secundária Albertville, na Alemanha, disse à Lusa que ainda está «incrédulo» e que «o pior (do impacto psicológico) ainda está para vir».
António de Sousa disse à Lusa, em contacto telefónico a partir de Lisboa, que o massacre ocorrido em Winnenden na escola frequentada pela sua filha Sara ainda está «muito fresco e tudo parece ser um pesadelo do qual podemos acordar a qualquer momento».
Para o pai da jovem portuguesa, o pior, para Sara e para toda a família, «será interiorizar e enfrentar o sucedido, o pior será realizar que um jovem de 17 anos entrou na escola e matou 16 pessoas».
Sara de Sousa estava na escola quando aconteceu o ataque e pôs-se a salvo saltando por uma janela da escola com uma colega para fugir aos disparos.
O massacre foi levado a cabo por um jovem, identificado pela polícia alemã como Tim Kretshmer e ex-aluno da escola, que entrou ao princípio da manhã no estabelecimento de ensino de Winnenden, perto de Estugarda, dirigiu-se às salas de aula e começou a disparar, matando nove alunos e três professores.
Kretshmer pôs-se depois em fuga, matando ainda uma empregada de uma clínica das proximidades, e mais tarde, já em Wendlingen, a cerca de quarenta quilómetros da escola, dois transeuntes, durante um tiroteio com a polícia, que conseguiu cercá-lo.
Fontes policiais disseram que o homicida foi primeiro atingido por um tiro da polícia e depois se suicidou, colocando o balanço final do massacre em 16 mortos.
Ficaram ainda feridas oito pessoas, algumas das quais com gravidade, entre as quais os dois polícias envolvidos no tiroteio em Wendligen.
Tiroteio na Alemanha: «O pior ainda está para vir»
- Redação
- SM
- 12 mar 2009, 17:42
Pai de portuguesa que testemunhou o massacre diz que agora é preciso «interiorizar e enfrentar o sucedido»
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