Afeganistão: 16 mortos em ataque aéreo das forças internacionais - TVI

Afeganistão: 16 mortos em ataque aéreo das forças internacionais

Atentado em Cabul (EPA/LUSA)

Polícia diz que oito mulheres e crianças foram mortas no bombardeamento. Exército norte-americano anunciou a morte de 15 rebeldes

Dezasseis pessoas, entre as quais oito mulheres e crianças, foram mortas num bombardeamento das forças internacionais no oeste do Afeganistão, revelou esta quarta-feira a polícia afegã, enquanto o exército norte-americano anunciou a morte de 15 rebeldes.

Os corpos de seis mulheres e duas crianças foram encontrados imediatamente após um ataque aéreo efectuado segunda-feira à noite perto de Herat, a grande cidade do oeste do país, declarou Ikramuddin Yawar, responsável da polícia na região.

Os corpos de oito homens, três dos quais poderiam ser rebeldes, encontravam-se perto, sublinhou a mesma fonte.

Por seu lado, a coligação sob comando norte-americano indicou, em comunicado, que o bombardeamento visou um chefe rebelde, Gholam Yahya Akbari.

«Até 15 rebeldes associados a ele podem ter sido mortos no bombardeamento», acrescentou o comunicado.

Os erros nos bombardeamentos efectuados pelas forças internacionais no Afeganistão provocam regularmente a cólera da população e das autoridades afegãs, em especial do presidente Hamid Karzai.

Terça-feira, a missão das Nações Unidas no Afeganistão tornou público um relatório segundo o qual 2.118 civis foram mortos em confrontos em 2008, 39 por cento dos quais pelas forças governamentais, maioritariamente em ataques aéreos.

Ainda assim, as autoridades afegãs saudaram a decisão do presidente norte-americano Barack Obama de enviar mais 17.000 soldados para o país, pedindo que sejam destacados ao longo da fronteira com o Paquistão, para impedir as infiltrações dos rebeldes.

O presidente norte-americano anunciou terça-feira o envio destes reforços, até ao verão, «para fazer frente às necessidades urgentes em matéria de segurança», começando assim a cumprir a grande promessa feita durante a campanha de adoptar outra política externa.
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