Bielorrússia anuncia medidas de retaliação contra Estados Unidos - TVI

Bielorrússia anuncia medidas de retaliação contra Estados Unidos

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  • MJC
  • 3 jun 2021, 23:02
Alexander Lukashenko

As medidas de resposta bielorrussas incluem a "redução do pessoal diplomático, administrativo e técnico" da embaixada dos Estados Unidos em Minsk e "o endurecimento do procedimento para a emissão de vistos para a Bielorrússia"

A Bielorrússia anunciou esta quinta-feira medidas de retaliação contra Washington, incluindo a redução do pessoal diplomático dos Estados Unidos no país, após a entrada em vigor de novas sanções americanas contra Minsk.

"Não podemos ignorar esse movimento hostil", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia, Anatoly Glaz, em comunicado, após entrada em vigor hoje das sanções económicas dos EUA contra nove empresas estatais bielorrussas.

As medidas de resposta bielorrussas incluem a "redução do pessoal diplomático, administrativo e técnico" da embaixada dos Estados Unidos em Minsk e "o endurecimento do procedimento para a emissão de vistos para a Bielorrússia", indica o comunicado.

A Bielorrússia também retirou a autorização para que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) possa trabalhar no país.

Em Washington, o porta-voz da diplomacia americana Ned Price confirmou que Minsk o notificou dessas decisões, que "entrarão em vigor em 13 de junho".

"Infelizmente, foram as autoridades bielorrussas que fizeram com que as nossas relações chegassem a este ponto, com sua implacável e crescente repressão contra os seus cidadãos", disse Ned Price.

As sanções dos Estados Unidos contra nove empresas estatais bielorrussas voltaram a ser impostas em abril, em resposta à repressão aos protestos pró-democracia na Bielorrússia que se seguiram à reeleição considerada "fraudulenta" pelos EUA do Presidente Alexander Lukashenko em agosto.

As sanções contra a Bielorrússia já tinham sido iniciadas em 2006, quando os Estados Unidos proibiram todos os negócios com essas empresas, na sequência de eleições também contestadas.

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