Casa Branca quer câmaras na farda dos polícias - TVI

Casa Branca quer câmaras na farda dos polícias

Onda de indignação após polícia ser ilibado estendeu-se a 170 cidades. Mais violência nas ruas (Lusa/EPA)

Barack Obama acredita que os dispositivos podem fornecer provas dos confrontos entre a polícia e os civis

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A Casa Branca defendeu, na segunda-feira, a criação de um programa para incentivar os polícias a utilizar câmaras de filmar na farda, acreditando que as câmaras podem ajudar na desconfiança do público em relação à aplicação da lei.
 
A reunião foi motivada pelas manifestações violentas por todo o país, motivadas pela ilibação do polícia branco que matou um jovem negro em Ferguson, no Estado do Missouri. Barack Obama acusou a polícia de Ferguson por agir de forma desproporcionada e recorrer a equipamentos militares, adquiridos através de um programa do pentágono, que os desloca para serviços estatais e locais.
 
Obama anunciou também que vai pedir ao Congresso que aprove fundos monetários de 235 milhões de euros (263 milhões de dólares) para várias medidas relacionadas com as polícias locais, incluindo 60 milhões de euros (75 milhões de dólares) para incorporar câmaras de filmar nas fardas de 50 mil agentes.
 

«Este não é um problema apenas de Ferguson. Este é um problema nacional, mas é solucionável» disse o presidente dos Estados Unidos.

 
Barack Obama acredita que as câmaras utilizadas no corpo podem fornecer provas dos confrontos entre a polícia e os civis, particularmente em casos controversos como o do tiroteio de Ferguson. Um relatório do Departamento de Justiça, elaborado antes do caso do jovem negro, chegou à conclusão de que quer os polícias como os civis se comportam melhor se estiverem a ser filmados.
 
Também na segunda-feira, uma comissão encarregada de formular recomendações sobre questões decorrentes do tiroteio fatal, foi convocada em Ferguson. O painel de 16 membros irá considerar alterações em diversas áreas, incluindo a interação com o público aquando a aplicação da lei.
 

Protestos a nível nacional


A decisão de não acusar Darren Wilson originou um debate nacional sobre as relações entre as comunidades de negros e a aplicação da lei.
 
Alguns jogadores da equipa de futebol americano de St Louis, os Rams, levantaram os braços no ar tal como, segundo o que alegam algumas testemunhas, fez o jovem de 18 anos. O gesto simbólico dos cinco jogadores, antes do jogo de domingo, causou polémica com a polícia, que considerou essa ação de «mau gosto e ofensiva».
 


Os jogadores dos Rams disseram que estavam a tentar fazer algo positivo. «A violência deve parar. Há muita violência a acontecer aqui em St. Louis. Ouvimos sobre tudo e só queremos que pare», disse o jogador Stedman Bailey, ao USA Today.
 
Jeff Fisher, o treinador dos Rams, disse ao jornal USA Today que nenhum dos jogadores seria punido nem enfrentar nenhuma ação disciplinar da NFL.
 
Darren Wilson, o polícia que matou o jovem negro, demitiu-se no fim-de-semana.
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