Cerca de um milhão de imigrantes ilegais detidos nos EUA em 2019 - TVI

Cerca de um milhão de imigrantes ilegais detidos nos EUA em 2019

  • HMC
  • 8 out 2019, 18:33
Operação das forças de segurança dos EUA junto à fronteira com o México

Dados revelados pelo Governo norte-americano revelam que o número de imigrantes detidos na fronteira entre os EUA e o México cresceu 88%

O número de imigrantes ilegais detidos nas fronteiras entre o México e os Estados Unidos cresceu 88% nos últimos 12 meses, atingindo cerca de um milhão de pessoas, revelou esta terça-feira o Governo norte-americano.

O número de detenções de imigrantes ilegais nos Estados Unidos é o mais alto dos últimos 12 anos e está a preocupar as autoridades.

Para o diretor do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras, Mark Morgan, este aumento está a tornar a situação incomportável.

São números que nenhum sistema de imigração no mundo está preparado para lidar”, disse Mark Morgan, durante uma conferência de Imprensa na Casa Branca, referindo-se ao cerca de milhão de detenções durante o ano fiscal de 2019 (entre outubro de 2018 e setembro de 2019), quando comparado com o ano fiscal de 2018.

Mark Morgan referiu, contudo, que a estratégia do Governo para travar os imigrantes ilegais está a dar resultados, demonstrados na queda verificada nos últimos meses. Em setembro a guarda de fronteira dos EUA deteve 52.000 pessoas, menos 65 por centro comparando com o pico, atingido em maio.

Em maio, um bebé de dois anos morreu depois de ser detido na fronteira dos EUA. Também neste mês foram detidas 144 mil pessoas, incluindo um grupo de 1.036 pessoas que atravessou a fronteira em El Paso, no Texas, para se deixar deter pelas autoridades de fronteira.

O crescimento de 2019 contrasta com a tendência verificada nos quatro anos anteriores, quando se registou um declínio constante.

O Governo do México aceitou este ano deslocar milhares de militares para procurar travar as ondas de migrantes que se deslocam para os Estados Unidos a partir da América Central, depois de ter sido ameaçado com retaliações económicas pelo Governo norte-americano de Donald Trump.

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