Passageiro embarca com uma arma de fogo num avião - TVI

Passageiro embarca com uma arma de fogo num avião

  • MP
  • 14 jan 2019, 16:21
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O sistema de checkin do Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson de Atlanta falhou. O homem voou para o Japão e foi ele próprio quem revelou o que transportava, quando chegou ao destino

Uma falha de segurança, no Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson, em Atlanta, nos Estados Unidos, fez com que um homem embarcasse com uma arma de fogo, na bagagem de mão, num voo para o Japão. A falha aconteceu no dia 3 de janeiro, numa altura em que o shutdown no sistema administrativo norte-americano já durava há duas semanas e há quem adiante que pode residir aí a explicação para a falha. 

O passageiro embarcou num voo com destino a Tóquio e na mala de mão, com que embarcou na cabine, tinha uma arma de fogo, que se esqueceu de declarar e que não foi detetada por nenhum dos sistemas de segurança pelos quais passou no aeroporto de origem. Após inveestigação ao caso, a Transportation Security Admnistration (TSA) determinou que "os procedimentos standard não foram seguidos".

A TSA determinou que os procedimentos standard não foram seguidos e um passageiro passou, de facto, com uma arma de fogo, através de um ecrã standard de um checkpoint da TSA Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport, na manhã do dia 3 de janeiro", disse o regulador em comunicado. 

As  autoridades apenas tiveram conhecimento depois de o passageiro aterrar em Tóquio. Foi o próprio quem revelou ter a arma na bagagem, avança a Delta Airlines, a companhia aérea do voo, num comunicado citado pela CNN. A companhia aérea alertou depois as autoridades. 

O passageiro ter-se-á esquecido que tinha a arma na mala. Não terá sido um ato deliberado, nem sequer um teste à segurança dos aeroportos.

O caso aconteceu numa altura em que a administração norte-americana se encontra praticamente paralisada, naquilo que já foi chamado de shutdown. Por causa de problemas de desbloqueio de verbas, desde 22 de dezembro, e de acordo com a Associated Press, mais de 400 mil funcionários públicos estão a trabalhar sem receber. 

Os trabalhadores da TSA foram alguns dos 400 mil que foram obrigados a trabalhar. No dia seguinte ao incidente, a 4 de janeiro, a CNN tinha noticiado que centenas de trabalhadores da TSA tinham metido baixa.

Contudo, a entidade responsável pela segurança dos aeroportos nega que o incidente esteja relacionado com o shutdown.

A percepção de que isso pode ter ocorrido como resultado da paralisação parcial do Governo é falsa", garantiu a TSA. 

A TSA garante mesmo que no dia da falha de segurança trabalharam o número normal de funcionários. 

A taxa de ausência nacional não programada de funcionários da TSA na quinta-feira, 3 de janeiro de 2019, foi de 4,8% em comparação com 6,3% no ano passado, quinta-feira, 4 de janeiro de 2018. De facto, a taxa de alerta nacional foi maior há um ano do que nesta data", afirmou a Transportation Securaty Admnistration. 

Michael Bilello, administrador assistente de assuntos públicos da TSA, publicou um comunicado no Twitter e garantiu que "os padrões de segurança não serão nem foram comprometidos". Apesar desta afirmação, em 2015, foram feitos vários testes em dezenas de aeroportos por uma equipa secreta que chegou à conclusão que a maior parte dos sistemas de controlo não detetavam nem explosivos nem armas de fogo. 

Entre os milhares de funcionários que se encontram a trabalhar sem remuneração durante a paralisação do Governo, cerca de 51 mil são da TSA. A empresa anunciou ontem, dia 13 de janeiro, que irá compensar financeiramente os colaboradores. 

Apesar deste número, a companhia de segurança juntamente com outros especialistas da aviação garantiram ainda ser seguro voar.

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