Coreia do Norte confirma detenção de jornalistas - TVI

Coreia do Norte confirma detenção de jornalistas

Coreia do Norte

Duas norte-americanas terão cometido o delito de «violação de fronteira»

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A Coreia do Norte anunciou este sábado que duas jornalistas norte-americanas foram detidas a 17 de Março na fronteira com a China, confirmando assim uma informação difundida na quinta-feira pelos Departamento de Estados dos EUA, refere a Lusa.

As duas jornalistas norte-americanas foram detidas pelas autoridades norte-coreanas após terem atravessado um curso de água na fronteira com a China, tinha informado uma fonte diplomática.

«As duas jornalistas de televisão norte-americanas estão detidas desde terça-feira por guardas fronteiriços por um presumível delito de violação de fronteira», precisou a mesma fonte, que não quis ser identificada, à agência noticiosa francesa AFP.

As mulheres, que trabalham para a Current TV, uma cadeia de televisão com sede na Califórnia, «foram interpeladas a 17 de Março quando filmavam na margem norte-coreana do rio Tumen (que marca a fronteira entre a Coreia do Norte e a China)», disse ainda.

Um padre e militante dos direitos humanos que tratou da sua viagem à China, confirmou à AFP a detenção das duas mulheres e do guia coreano.

«Aparentemente elas aproximaram-se demasiado da parte norte-coreana do rio Tumen», declarou Chun Kiwon por telefone a partir de Nova Iorque.

«Elas disseram-me que preparavam um trabalho sobre os norte-coreanos que fugiram do seu país», adiantou Chun, à frente de uma associação de ajuda a norte-coreanos em fuga.

Os Estados Unidos deram conta a Pyongyang da sua preocupação com o destino das duas cidadãs.

Um porta-voz do Departamento de Estado, Fred Lash, disse que os norte-americanos estão a trabalhar com responsáveis do Governo chinês para saber onde estão as duas mulheres e garantir que estão bem.

«Estamos também em contacto com responsáveis norte-coreanos para dar conta da nossa preocupação», adiantou, precisando que Washington estava também em contacto com a sua representação diplomática na Coreia do Norte, a embaixada sueca em Pyongyang.

Em Pequim, aliado de Pyongyang, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros assegurou que a China «investiga esse assunto que envolve cidadãos norte-americanos na fronteira entre a China e a República Popular Democrática da Coreia».

Os jornalistas que pretendem ir à Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, precisam de ter um visto específico e são rigorosamente vigiados durante a estada. O visto só muito raramente é concedido.
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