Deficiente morto após disparo de pistola taser - TVI

Deficiente morto após disparo de pistola taser

Deficiente morto após disparo de pistola taser

Família exige 10 milhões de euros à polícia nova-iorquina

A família de um deficiente mental de 35 anos exigiu quarta-feira uma indemnização de 10 milhões de euros à polícia nova-iorquina pelo uso de uma pistola eléctrica taser que o fez cair e lhe provocou a morte, noticia a Lusa.

«A queixa foi entregue para reclamar justiça pela violação dos direitos cívicos contra Iman Morales quando a polícia disparou contra ele com uma taser, o que fez com que ele batesse com a cabeça no chão», declarou o advogado da família Seth Harris.

Iman Morales morreu em Setembro, em consequência de uma queda em frente do edifício onde residia, depois de ter recebido uma descarga eléctrica da pistola de impulsos eléctricos Taser. Ele estava nu e agitava uma lâmpada fluorescente em frente dos agentes das forças da ordem, quando foi atingido pela taser e bateu primeiro com a cabeça no passeio.

Um vídeo amador do incidente foi divulgado em todo o mundo via Youtube, e causou um intenso debate sobre a utilização deste tipo de armas eléctricas contra pessoas desarmadas.

«Reclamamos justiça e queremos uma reavaliação das regras e dos protocolos aplicados pela polícia de Nova Iorque sobre a utilização das taser», indicou Harris.

Uma semana depois da morte de Iman Morales, o tenente Michael Pigott, o oficial que ordenou o disparo de taser, suicidou-se.

Relatório internacional

Em Dezembro, a Amnistia Internacional publicou um relatório sobre as taser, afirmando que estas podem matar e devem ser utilizadas apenas em situações extremas.

Segundo a Amnistia, 334 pessoas morreram entre 2001 e Agosto de 2008 depois de terem sofrido o choque eléctrico de uma taser. Todavia, esta arma «provocou ou contribuiu para» causar a morte de forma directa em apenas meia centena de casos, segundo as conclusões dos peritos citados pela Amnistia.

Casos portugueses

Em Portugal, a PSP e a GNR usaram as armas eléctricas taser, pelo menos, nove vezes desde 2006, disseram em Dezembro fontes das forças de segurança, que garantiram que só são usadas por pessoal com formação específica e em situações excepcionais.

Segundo dados das duas forças de segurança, a PSP dispõe de 76 taser a nível nacional e a GNR 12.
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