Os estrangeiros que estejam totalmente vacinados contra a covid-19 já vão poder viajar para os Estados Unidos a partir do próximo dia 8 de novembro, anunciou a Casa Branca, esta sexta-feira.
“A nova política de viagens dos Estados Unidos, que exige a vacinação para viajantes estrangeiros nos Estados Unidos, vai ter início no dia 8 de novembro”, declarou o assessor de imprensa da Casa Branca, Kevin Munoz, através de uma publicação na rede social Twitter.
The US’ new travel policy that requires vaccination for foreign national travelers to the United States will begin on Nov 8. This announcement and date applies to both international air travel and land travel. This policy is guided by public health, stringent, and consistent. https://t.co/uaDiVrjtqi
— Kevin Munoz (@KMunoz46) October 15, 2021
A reabertura dos Estados Unidos aos visitantes estrangeiros, que, de acordo com a revista Forbes, inclui cidadãos da Europa e do Reino Unido, “aplica-se tanto a viagens aéreas internacionais, como a viagens por via terrestre”, explicou o responsável.
O que é preciso para ir aos EUA?
Com as novas regras agora anunciadas, podem entrar no país todas as pessoas vacinadas contra a covid-19, que apresentarem um teste negativo nas 72 horas antes da viagem, desde que partilhem o rastreamento de contactos.
Funcionários da Casa Branca adiantaram à CNN que será aceite a entrada de pessoas que apresentem o comprovativo de vacinas aprovadas pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) ou que tenham recebido uma Lista de Uso de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS), um procedimento que visa avaliar vacinas não licenciadas para agilizar a sua disponibilização em casos de emergência de saúde pública.
Por outro lado, os estrangeiros que não estejam vacinados ficarão proibidos de entrar, enquanto os norte-americanos que não estejam vacinados terão a opção de apresentar um teste de covid-19 negativo.
Os Estados Unidos proibiram a entrada de estrangeiros no país logo no início da pandemia de covid-19, quando o então Presidente Donald Trump decidiu proibir a chegada de voos provenientes da China, em janeiro de 2020.
A decisão acabou por não cumprir o objetivo de impedir a propagação da covid-19 no país, mas, com o tempo, a lista de países cujos cidadãos estavam proibidos de entrar nos Estados Unidos foi aumentando, como resposta à pressão das autoridades de saúde norte-americanas.
Donald Trump adicionou à lista de proibições os países da zona Schengen – o que incluiu 26 países da Europa, como Portugal, França, Alemanha e Itália –, bem como a Irlanda e o Reino Unido. O Brasil, a África do Sul e a Índia foram adicionados de forma separada. As fronteiras terrestres com o Canadá e o México também foram encerradas.
Já no poder, o Presidente Joe Biden manteve estas proibições para viagens não essenciais, mesmo com o acelerar do ritmo da vacinação na Europa, justificando esta decisão com a natureza imprevisível da pandemia e a emergência da variante Delta, considerada mais contagiosa.
A decisão de manter as restrições de viagens para os Estados Unidos não foi bem-recebida pelos governos europeus, tendo em conta os seus esforços em campanhas de vacinação contra a covid-19,
Os Estados Unidos já tinham anunciado, em setembro, que iriam reabrir as fronteiras aos estrangeiros vacinados a partir do início de novembro, sem precisar, contudo, uma data.