A ameaça é cada vez mais contundente, com Donald Trump a admitir sair mesmo do acordo climático de Paris. Algo que não é bem visto pelo ex-presidente do Parlamento Europeu, que admite como a Europa vai sofrer com essa decisão, mas que ao mesmo tempo não se quer deixar ficar.
Se o Trump quer deixar o pacto climático, devemos falar abertamente sobre as relações comerciais e as distorções do mercado".
Schulz admite que os produtores dos EUA ganharão uma vantagem competitiva em relação aos seus rivais europeus e que isso vai criar as tais distorções de mercado. Distorções a que a União Europeia terá de responder com eficácia.
O também candidato do partido social-democrata de centro-esquerda ao lugar de chanceler (ocupado atualmente por Angela Merkel) avisou também que haver agora um retrocesso dos padrões ambientais pode prejudicar o acesso dos EUA ao maior mercado do mundo.
A reação de Schulz surge depois do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ter afirmado, na quarta-feira, que é “dever da Europa” enfrentar os EUA, se o presidente Donald Trump decidir sair do Acordo de Paris de combate às alterações climáticas.
Também na quarta-feira, António Guterres defendeu que o acordo contra o aquecimento global tem de ser cumprido, com ou sem os Estados Unidos. O secretário-geral das Nações Unidas avisou que os efeitos das alterações climáticas são inquestionáveis, e se há um governo que duvide disso, os outros países têm de se unir.
Já esta quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico disse que Londres pressionará os EUA para reduzirem as emissões de gases contaminantes.
O presidente dos EUA manteve na quarta-feira o ‘suspense’ perante as informações de que terá decidido retirar o seu país do Acordo de Paris, subscrito por quase 200 países no final de 2015 e considerado vital para combater as alterações climáticas, e disse que anunciará uma decisão esta quinta-feira.