Morte de bin Laden pode ser o fim da al-Qaeda

Os oficiais norte-americanos acreditam que a morte de Osama Bin Laden pode levar ao fim da al-Qaeda. A suspeita reflecte a convicção da CIA, e outras agências, de que um número pequeno de ataques poderia extinguir a célula terrorista, responsável pelos atentados do 11 de Setembro.

Segundo o «Washington Post», a morte de Bin Laden foi um «ponto de inflexão», segundo aqueles funcionários norte-americanos, porque aquele era activo na gestão da rede terrorista, estava focado em ataques contra os Estados Unidos e o seu «carisma» foi «chave» para que a al-Qaeda alargasse a sua área de influência com células no estrangeiro.

O diário norte-americano, que cita funcionários do combate ao terrorismo, salienta que as autoridades dos Estados Unidos registaram uma diminuição dos ataques, «um resultado que foi encarado como uma possibilidade remota durante grande parte da última década».

Os responsáveis norte-americanos estão convencidos, contudo, que a extinção da al-Qaeda não significa o fim do terrorismo, uma vez que há um número cada vez maior de radicais que actuam sozinhos, e afiliais da célula terrorista radicadas noutros locais do mundo. A célula no Iémen, por exemplo, é vista, neste momento, como um maior desafio do que a tradicional base da al-Qaeda.

Mais de 40 americanos juntaram-se a células da Al-Qaida na Somália

O presidente do comité do Departamento da Segurança Interna dos Estados Unidos informou que mais de 40 americanos foram recrutados e radicalizados pelas células terroristas da al-Qaeda na Somália, encontrando-se a combater naquele país.

Peter King não confirmou o número de americanos que se juntou à organização terrorista da Somália, Al-Shabab, mas disse acreditar que, pelo menos, 21 americanos tenham viajado para aquele país para integrarem o grupo terrorista, num movimento que terá sido iniciado numa tentativa de expulsão dos soldados etíopes.

A Al-Shabab expandiu a sua área de actuação nos últimos anos e tem actuado em linha com outros grupos terroristas anti-ocidentais.