Mulheres violadas obrigadas a pagar exames na cidade onde Palin foi <i>mayor</i> - TVI

Mulheres violadas obrigadas a pagar exames na cidade onde Palin foi <i>mayor</i>

Convenção Republicana

EUA: defensores da candidata à vice-presidência dizem que ela não teria conhecimento, mas polémica já se instalou

A cidade-natal da candidata à vice-presidência dos EUA Sarah Palin, Wasilla, exigia o pagamento de exames médicos às mulheres que apresentavam queixa por violação, durante parte do período em que a republicana foi sua mayor. De acordo com a CNN esta situação manteve-se até 2000.

Segundo o Eric Croft, um democrata que apoiou uma lei estatal que previa exames grátis nestes casos, no estado do Alaska, a única localidade em que encontrou resistência em implementá-la foi na cidade que Palin dirigiu, entre 1996 e 2002.

«É uma daquelas coisas com que todos concordam, excepto em Wasilla», disse à CNN. «Não conseguimos convencer o chefe da polícia a parar de cobrar-lhes».

Esta prática acabou por ser abolida em 2000. O valor dos exames, nessa altura, poderia superar os mil dólares (cerca do mesmo valor em euros, segundo as taxas cambiais do início de 2000).

Palin, uma desconhecida a nível político nos EUA até à nomeação para a candidatura à vice-presidência ao lado de John McCain, tem invocado várias vezes a sua experiência na governação com o trabalho que realizou da autarquia de Wasilla, com 7 mil habitantes.

Alguns dos apoiantes de Palin, segundo a CNN, disseram não acreditar que a republicana teria conhecimento desta obrigatoriedade de pagamento dos exames médicos. Porém, esta é uma informação que tem gerado polémica, tanto nos media tradicionais como na Internet.

A cadeia televisiva noticiosa norte-americana refere que durante vários anos, o estado do Alaska, teve a pior taxa de violações e homicídios de mulheres, sendo o registo do primeiro destes crimes 2,5 vezes mais alto do que a média nacional dos EUA.

Apesar de não haver provas que Palin tivesse conhecimento da cobrança dos exames médicos às mulheres que apresentassem queixa de violação, Eric Croft diz que isso é «difícil de acreditar».
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