Sondagem: Obama ganha distância

A cerca de um mês da eleição presidencial norte-americana, todas as mais importantes sondagens dão uma considerável vantagem ao candidato democrata Barack Obama, colocando-o com mais de 50 por cento em três dos estados mais decisivos, escreve a Lusa.

Uma sondagem do Centro de Pesquisas Pew atribui sete pontos de vantagem de Barack Obama sobre o republicano John McCain (49 contra 42 por cento), tal como a da revista Time (50 contra 43 por cento).

A Universidade de Quinnipiac dá um avanço de 8 a 15 pontos a Obama em três dos principais estados decisivos (Florida, Ohio, Pensilvânia).

Outra sondagem divulgada na quarta-feira pela Time e pela CNN atribuía vantagem a Obama em cinco estados-chave, Florida, Minesota, Missouri, Nevada e Virgínia.

Uma sondagem CBS/ New York Times amplia a vantagem de Obama para nove pontos (49 contra 40 por cento).

Obama quer aumento dos seguros para depósitos

McCain acusa Obama de falta de liderança

A directora de comunicação da campanha de McCain, Nicole Wallace, procurou minimizar o impacte destas sondagens afirmando que o senador do Arizona sabia que esta eleição constituiria «um desafio» num período de crise e com um Partido Republicano «historicamente impopular».

O estudo do Pew sublinha que desde Junho Obama não registava um avanço tão substancial e, em meados de Setembro, os dois candidatos apareciam praticamente empatados (46 por cento para Obama, 42 por cento para McCain).

Três factores, segundo o Pew, explicam a progressão do candidato democrata: a sua prestação considerada «excelente ou boa» no debate televisivo de sexta-feira passada, a confiança que inspira para resolver a crise financeira e o efeito negativo de Sarah Palin na campanha de McCain.

Segundo o estudo do Pew, 51 por centos dos norte-americanos consideram que a governadora do Alasca e candidata republicana a vice-presidente não é qualificada para poder ser eventualmente Presidente dos Estados Unidos.

Além de o avanço de Obama estar a aumentar, a Time indica que 23 por cento dos eleitores de McCain ainda admitem mudar o seu sentido de voto, contra apenas 15 por cento dos eleitores de Obama.

Na sondagem da Universidade de Quinnipiac, Obama averba 51 por cento das intenções de voto na Florida contra 43 por cento para McCain, 52 contra 42 por cento no Ohio e 54 contra 39 por cento na Pensilvânia.

Desde 1960 que nenhum candidato conquistou a Casa Branca sem ter ganho pelo menos dois destes três estados.