Taxista terá sido alvejado por ser muçulmano - TVI

Taxista terá sido alvejado por ser muçulmano

Táxis

Grupo de ativistas está a exigir que a polícia investigue o incidente como um crime de ódio, que acredita que tenha sido potenciado pelos ataques de 13 de novembro, em Paris

Um homem terá disparado contra um taxista, em Pittsburgh, nos EUA, depois de saber que era muçulmano. Um grupo de ativistas está a exigir que a polícia investigue o incidente como um crime de ódio, que acredita que tenha sido potenciado como resposta aos ataques de 13 de novembro, em Paris.

O taxista de 38 anos foi alvejado e teve de ser hospitalizado, no dia de Ação de Graças, depois de, alegadamente, ter dado boleia a um homem que tinha acabado de sair de um casino da Flórida.

De acordo com o jornal local Pittsburgh Post-Gazette, assim que o passageiro percebeu que o taxista era imigrante, perguntou-lhe se era do Paquistão. O condutor terá respondido que tinha nascido em Marrocos, mas que os EUA eram a sua casa agora.
 

“Depois ele continuou a conversa e começou a falar sobre o Estado Islâmico matar pessoas. Eu disse-lhe: ‘por acaso sou contra o EI. Não gosto deles'. Até lhe disse que estavam a matar pessoas inocentes. Nessa altura eu percebi que ele mudou de tom e começou a satirizar Maomé, que é o meu profeta, e começou a mudar o assunto para a sua vida privada”, contou o taxista, citado pelo The Telegraph.


O condutor acrescentou ainda que cliente lhe tinha dito que tinha dois filhos e que tinha cumprido pena de prisão por um delito.

Quando chegaram ao destino, o passageiro terá anunciado que ia buscar dinheiro a casa para pagar a viagem. Mas, em vez de surgir com o pagamento, o homem apareceu com uma pistola e começou a disparar contra o veículo. O taxista arrancou, mas acabou por ficar ferido nas costas enquanto fugia, depois de uma bala ter perfurado o vidro traseiro.
 

“Eu senti que ele tinha a intenção de me matar”.


As autoridades ainda não conseguiram apurar se o crime teve por base preconceitos religiosos, mas o diretor do Conselho para as Relações Americanas e Islâmicas, Alia Schindler, pediu que o caso fosse investigado como um crime de ódio, “por causa das alegações feitas pelo atacante e por causa do aumento de crimes de ódio contra os muçulmanos”.
 

“As autoridades têm de enviar uma mensagem clara, dizendo que os crimes contra muçulmanos americanos, ou a qualquer outra minoria, não vão ser tolerados”. 

Continue a ler esta notícia