Terrorismo: Obama quer Europa na frente de combate - TVI

Terrorismo: Obama quer Europa na frente de combate

Michelle e Barack Obama em Londres

Os Estados Unidos não estão dispostos a lutar sozinhos, avisa o Presidente

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Os Estados Unidos da América (EUA) não estão dispostos a lutar sozinhos contra o terrorismo, avisou esta sexta-feira o Presidente Barack Obama.

Numa sessão de perguntas e respostas que reuniu milhares de pessoas num pavilhão de Estrasburgo, França, Obama adiantou que a estratégia para o Afeganistão que vai apresentar na cimeira da NATO «terá uma componente militar e a Europa não deve esperar que os Estados Unidos carreguem sozinhos esse fardo», refere a AFP.

«Por ser um problema que temos em comum, precisa de um esforço conjunto», defendeu.

O líder norte-americano avisou assim os europeus que devem vir para a linha da frente da guerra ao terrorismo.

Al-Qaeda é ameaça maior para a Europa



Antes da sessão pública no pavilhão em Estrasburgo, numa reunião com o Presidente francês Nicolas Sarkozy, Obama já tinha afirmado que a Europa deveria investir numa defesa «mais robusta» e que «é mais provável» um ataque da Al-Qaeda na Europa.

«É provavelmente mais verosímil que a Al-Qaeda lance um grande ataque terrorista na Europa do que nos Estados Unidos», tendo em conta a proximidade [geográfica] das bases da organização no Afeganistão e no Paquistão, afirmou Barack Obama.

O Presidente norte-americano falava durante uma conferência de imprensa conjunta com Nicolas Sarkozy antes do início da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que decorre esta sexta-feira e sábado em Estrasburgo e em Kehl e Baden-baden, na Alemanha.

Obama saudou o esforço francês na luta contra o terrorismo, mas realçou também a necessidade de maior envolvimento da Europa. O Presidente dos EUA defendeu que as forças europeias devem ser «mais robustas para enfrentarmos os desafios que temos de enfrentar».

Para recordar aos europeus que o terrorismo islamista não é apenas um problema dos americanos, Obama afirmou aos jornalistas que «é mais provável a Al-Qaeda lançar um grande ataque na Europa que nos EUA devido à proximidade... A França sabe disso e nós estamos-lhe gratos pelo que tem feito».

Durante o encontro com Obama, que antecedeu a conferência de imprensa, Nicolas Sarkozy apresentou o «apoio total» da França à nova estratégia norte-americana para o Afeganistão, que será juntamente com a questão russa o ponto fundamental das discussões desta cimeira. Sarkozy não enviará mais soldados para o país, tal como avisara que não ia fazer, mas está disposto a contribuir para a formação da força policial e a enviar auxílio financeiro.
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