Quando assumir a presidência dos Estados Unidos da América em janeiro de 2017, Donald Trump deverá mudar-se para a Casa Branca, em Washington, sem a mulher, Melania Trump, e o filho mais novo Barron, que continuarão a morar na Quinta Avenida, em Nova Iorque.
De acordo com o The New York Post, a futura primeira-dama, de 46 anos, e o filho Barron, de 10 anos, vão continuar a viver na Torre Trump, em Nova Iorque, para que o filho do casal possa continuar a frequentar a escola privada onde está inscrito em Manhattan.
"Melania é muito próxima de Barron e ainda ficaram mais próximos durante a campanha. A campanha foi difícil para Barron e ela quer evitar ao máximo as interrupções", disse ao jornal uma fonte próxima da equipa de transição de Donald Trump.
Mas Melania Trump deverá estar presente na Casa Branca sempre que a presença dela for necessária.
“Melania apoia muito o marido e está empenhada em fazer tudo o que for preciso enquanto primeira-dama”, salienta a mesma fonte.
A fonte do jornal norte-americano admite ainda que há uma forte possibilidade de Melania e Barron se mudarem para a Casa Branca no final do ano letivo, quando as aulas do filho do casal terminarem.
"Ela é muito dedicada ao Barron", indicou ainda a mesma fonte, acrescentando que Melania Trump não confiou em amas para criar o filho e é vista com frequência a ir buscar o menino à escola.
Donald Trump não é o primeiro Presidente a mudar para a Casa Branca com crianças em idade escolar. Quando Barack Obama assumiu o cargo, as filhas Sasha e Malia tinham 10 e sete anos. O mesmo aconteceu quando Bill Clinton assumiu a presidência: Chelsea Clinton tinha 12 anos. Tanto a filha de Clinton como as de Obama estudaram em Sidwell Friends, uma escola privada em Washington.
“Casa Branca de Nova Iorque" põe segurança à prova
O facto da mulher e do filho do Presidente dos Estados Unidos ficarem a viver em Nova Iorque vai obrigar a reforçar a segurança junto à Torre Trump. A polícia local e os serviços secretos devem patrulhar diariamente o local e acompanhar os membros da família Trump nas deslocações.
"Aquele edifício vai passar a ser a Casa Branca de Nova Iorque", sublinhou Jim Reese, um antigo comandante das forças especiais e atual presidente de uma empresa de segurança privada.
Com direito a proteção do Secret Service desde novembro de 2015, quando a pediu ao Departamento de Segurança Nacional, após a vitória nas presidenciais de 8 de novembro Donald Trump passou a estar também sob a alçada da polícia de Nova Iorque. As autoridades estabeleceram uma zona de exclusão aérea sobre a zona de Manhattan onde fica a Torre Trump. Todo o quarteirão onde se situa a torre está cortado ao trânsito. Para passar, qualquer veículo, sejam os táxis ou os camiões de entregas, tem de ser primeiro revistado pelo Secret Service.
Fundado em 1865 para lutar contra os falsificadores de moeda, o Secret Service passou a partir de 1901, e do assassínio de William McKinley, a ser responsável pela segurança dos presidentes. Hoje, os agentes protegem não só o chefe do Estado, mas também o vice-presidente, as suas famílias, os antigos inquilinos da Casa Branca e também os altos responsáveis estrangeiros que visitem os EUA. Ao todo, o Secret Service conta com cerca de 3200 agentes.
Em declarações à rádio CBC, Joseph Giacalone, sargento reformado da polícia de Nova Iorque, deixou o alerta aos nova-iorquinos para se habituarem a um caos que promete durar pelo menos quatro anos - "ou talvez mesmo oito".
"Temos uma Casa Branca na Quinta Avenida, vamos ter de aprender a lidar com isso”, sublinhou.