Trump quer expandir arsenal nuclear - TVI

Trump quer expandir arsenal nuclear

  • SS/VC - atualizada às 21:38
  • 23 fev 2017, 20:43

Em entrevista à Reuters, o presidente dos Estados Unidos fala da Rússia, da China, da Coreia do Norte e da Europa, além do imposto de fronteira e da reforma fiscal no seu país

Donald Trump quer expandir o arsenal nuclear e colocar os Estados Unidos no topo da hierarquia a este nível. Isto mesmo foi sublinhado pelo presidente norte-americano numa entrevista exclusiva à agência Reuters, divulgada esta quinta-feira. Trump deu a entender que concorda com a aplicação de uma taxa aos produtos importados, que já foi discutida pelos congressistas republicanos.

Até aqui, Trump não tinha sido claro sobre a sua posição em relação a esta taxa na fronteira. Numa entrevista em janeiro chegou a dizer que o plano era “demasiado complicado”, mas logo depois afirmou que "estava em cima da mesa".

Agora, nesta entrevista, Trump deixa transparecer que concorda com o que está a ser preparado no coração do partido republicano e adianta que esta taxa nas importações poderá gerar mais empregos no país.

“Poderá gerar mais empregos nos Estados Unidos. (...) Apoio uma forma de taxa na fronteira. O que vai acontecer é que as empresas vão voltar para cá, vão construir aqui as suas fábricas e vão construir mais empregos e não haverá taxa.”

Se se concretizar, esta será a primeira alteração nos impostos norte-americanos em 30 anos. 

O líder norte-americano adiantou, porém, que a sua administração só vai atacar a reforma fiscal depois de tratar do Obamacare, o seguro de saúde criado pelo seu antecessor, Barack Oabma. Trump já mostrou, por diversas vezes, que revogar este programa de saúde está no topo das suas prioridades. 

 

Trump volta a criticar passividade da China

Nesta entrevista, o presidente norte-americano disse que quer expandir o arsenal nuclear e colocar os Estados Unidos no topo da hierarquia a este nível, considerando que Washington deixou-se ficar para trás nesta matéria.

Trump abordou ainda várias questões no âmbito da política externa, da Rússia à China, passando até pela Europa.

Sobre a Rússia, criticou o desvio de um míssil de cruzeiro de Moscovo, o que, considerou, violou um tratado sobre o controlo de armas. O líder norte-americano garantiu que vai discutir o assunto com Vladimir Putin quando os dois líderes se reunirem.

Já em relação à China, disse que Pequim pode resolver o desafio de segurança naiconal colocado pela Coreia do Norte "muito facilmente, se quiser". Para Trump a solução passa por aumentar a pressão através de uma demonstração de força bélica. 

Recorde-se que, no início deste ano, Trump criticou a passividade da China em relação aos testes de armamento nuclear da Coreia do Norte, país vizinho do gigante asiático e com o qual Pequim mantém relações comerciais.

Nessa altura, atacou primeiro o país liderado por Kim Jong-un, por ter anunciado a realização de um futuro teste de um míssil intercontinental, e depois a China por não tentar travar as intenções do regime norte-coreano.

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