Adolescente vítima de abuso sexual terá sido violada pelo detetive que investigava o caso - TVI

Adolescente vítima de abuso sexual terá sido violada pelo detetive que investigava o caso

  • IS
  • 17 jul 2019, 16:17
Violação é crime público

Detetive da polícia de Los Angeles declarou-se culpado mas alega que não forçou adolescente de 15 anos a ter sexo, pelo que deverá ser condenado apenas a três anos de prisão

Uma adolescente de 15 anos, vítima de abuso sexual, terá sido violada pelo detetive da polícia de Los Angeles que foi encarregado de investigar a denúncia. 

Neil David Kimball, de 46 anos, declarou-se entretanto culpado de ato lascivo com criança e de relação sexual ilegal, e deverá ser condenado a uma pena de três anos de prisão, esquivando-se ao delito de abuso sexual.

O caso só foi conhecido um ano após o alegado abuso sexual: o pai da adolescente reportou o acontecido ao novo detetive que ficou responsável pela investigação. Neil Kimball conheceu a vítima em 2017, quando a adolescente contactou as autoridades para denunciar uma violação. O detetive tornou-se próximo dela e terá acabado por concretizar o abuso sexual. 

Kimball foi suspenso e poderia ter sido condenado a uma pena superior, mas o juiz considerou que não foi possível provar que a adolescente de 15 anos foi manietada e forçada a ter relações sexuais.

De acordo com a imprensa norte-americana, é a terceira vez que Neil David Kimball é acusado de má conduta em serviço. Das duas primeiras alegações não resultaram quaisquer queixas formais.

Sara Abusheikh, uma estilista de Los Angeles, escreveu na plataforma Medium um texto onde contava a experiência com Kimball, depois de, também ela, ter denunciado um caso de abuso sexual. A estilista revelou que o detetive nunca investigou o caso e que fez comentários pouco apropriados quando ouviu o relato que fez.

“Ele só estava interessado nos detalhes da minha violação, fez questões perversas e doentias”, escreveu Sara Abusheikh.

 

Quando reportou a situação aos superiores hierárquicos de Kimball, obteve como resposta que este era um bom profissional e que não havia provas que sustentassem a acusação.

Greg Risling, um porta-voz da procuradoria distrital de Los Angeles, disse ao Los Angeles Times que não estão a ser investigados mais casos que envolvam o detetive.

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