Socialistas e Democratas salientam que vitória dos extremistas não é esmagadora - TVI

Socialistas e Democratas salientam que vitória dos extremistas não é esmagadora

Swoboda salientou também que a taxa de participação a nível da União Europeia foi igual à das últimas europeias

O grupo parlamentar europeu dos Socialistas e Democratas (S&D), que integra o PS, considerou esta segunda-feira que os radicais e eurocéticos não conseguiram a vitória esmagadora que se temia nas eleições europeias de domingo.

«Esta não é uma vitória esmagadora para os extremistas europeus e eurocéticos», disse o presidente do grupo S&D, Hannes Swoboda, salientando que os resultados conseguidos pelos extremistas, como a Frente Nacional em França, «têm uma componente nacional muito forte».

Swoboda salientou também que a taxa de participação a nível da União Europeia foi igual à das últimas europeias, em 2009, situando-se nos 43,09%.

O líder do grupo parlamentar europeu elogiou ainda o candidato do Partido Socialista Europeu ao cargo de presidente da Comissão Europeia, Martin Schulz, pela campanha centrada na criação de empregos, luta contra a evasão fiscal e reforço da democracia.

O Partido Popular Europeu (PPE), que integra o PSD e o CDS, foi o mais votado nas eleições europeias, com mais 25 mandatos que o Partido Socialista Europeu (PSE), a que pertence o PS, em segundo lugar.

A projeção mais recente, divulgada esta segunda-feira de manhã, indica que o PPE tem 212 eurodeputados (menos 61 do que em 2009) e os socialistas 187, perdendo nove em relação à composição atual.

A Aliança dos Liberais e Democratas para a Europa (ALDE) continua a ser a terceira força, com 72 eurodeputados (menos 11), seguidos dos Verdes, com 55 (perdendo dois mandatos).

Para já, estes quatro grupos reúnem 526 dos 751 assentos parlamentares europeus, contra 612 da legislatura cessante.

A esquerda radical do GUE ¿ que integra o PCP e o BE ¿ conseguiu 43 lugares, segundo a última projeção ¿ mais oito do que na legislatura anterior e os conservadores britânicos e polacos baixam 12 assentos para os 45.

Os eurocéticos, cujo partido mais conhecido é o britânico UKIP, de Nigel Farage, sobem quatro eurodeputados para os 35.

Os atualmente não-inscritos ¿ onde se inclui a francesa Frente Nacional de Marine Le Pen e outras formações de extrema-direita da Áustria e da Holanda ¿ passam a contar com 39 eurodeputados.

Para se formar um grupo político no Parlamento Europeu, recorde-se, são necessários pelo menos 25 eurodeputados de sete Estados-membros.

Há ainda partidos como o italiano Movimento Cinco Estrelas, de Beppe Grillo, o anti-euro alemão AFD e os neonazis gregos da Aurora Dourada que integram pela primeira vez o PE e contam, para já, com 63 assentos.

Em Portugal, o PS é o partido com mais mandatos nas eleições europeias de domingo depois de apurados os resultados em todas as 3.092 freguesias de Portugal e em 54 dos 71 consulados, segundo dados da Direção Geral de Administração Interna (DGAI).

Os resultados indicam sete deputados (31,45%) para o PS, seis (27,71%) para a Aliança Portugal (PSD/CDS-PP), dois (12,68%) para a CDU (PCP-PEV), um (7,15%) para o Partido da Terra (MPT) e outro (4,56%) para a Bloco de Esquerda, faltando atribuir quatro dos 21 mandatos de Portugal no PE, que dependem dos resultados no estrangeiro.
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