Bolívia quer conhecer responsáveis por incidente com avião - TVI

Bolívia quer conhecer responsáveis por incidente com avião

Evo Morales (REUTERS)

Presidente Evo Morales debate decisão de França, Itália, Espanha e Portugal numa reunião com apoiantes

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O Presidente da Bolívia, Evo Morales, exigiu no sábado saber quem são os responsáveis pelos incidentes que levaram a que o avião em que viajava fosse impedido de aterrar em vários países europeus por suspeitas de transportar Edward Snowden.

Numa reunião com apoiantes perto de Cochabamba, o Presidente debateu a decisão de França, Itália, Espanha e Portugal de não permitir que o avião aterrasse ou sobrevoasse o território. Evo Morales considerou que isso «obrigou a um debate profundo» sobre os «problemas de caráter político e diplomático» que a decisão acarretou, noticia a agência EFE.

Morales teve de permanecer 13 horas em Viena à espera que fosse desenhado outro plano de voo quando alguns países impediram que o avião presidencial sobrevoasse ou aterrasse em território nacional. O incidente motivou um forte protesto por parte da Bolívia e alguns pedidos de desculpa, como no caso de Espanha, ou «uma palavra de reparação», para usar as palavras que a diplomacia portuguesa escolheu para analisar o sucedido.

Para o presidente boliviano, as ações destes quatro países foram motivadas pelos Estados Unidos, que pretendem a extradição do ex-consultor dos serviços secretos norte-americanos. Edward Snowden é acusado de divulgar informações dos programas secretos de vigilância de registos telefónicos e comunicações na Internet a partir de agências do Governo.

De acordo com a EFE, as autoridades bolivianas têm mantido reuniões com apoiantes do Presidente, nomeadamente sindicalistas, que pretendem a expulsão dos embaixadores destes países e a revisão dos contratos com empresas dos países envolvidos neste incidente diplomático.

A extradição de Edward Snowden, que está na área de trânsito do aeroporto de Moscovo desde 23 de junho, é exigida pelos Estados Unidos, que o acusam de violar a lei norte-americana de espionagem.

De acordo com um advogado russo que tem mantido contacto com o ex-consultor dos serviços secretos dos EUA, este terá pedido asilo temporário à Rússia, o que lhe dá o direito de permanecer pelo menos mais três meses no país, enquanto o pedido é apreciado.
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