Várias crianças refugiadas na cidade de Malmö, na Suécia, estão a ser investigadas por possível exploração sexual. Segundo o jornal Sydsvenskan, os menores ter-se-ão ausentado das instalações e voltaram com dinheiro e artigos de luxo.
O caso, relatado pelo jornal sueco, remonta ao dia 9 de agosto, altura em que 15 crianças desapareceram dos quartos do asilo de menores onde residem desde que entraram no país. Quando voltaram, as crianças traziam dinheiro, relógios de ouro e outros acessórios de luxo.
Foi nessa altura que começámos a suspeitar”, disse Kristina Rosen, coordenadora do projeto do asilo de menores.
Segundo a responsável, as crianças recebem com frequência telefonemas na casa de acolhimento.
É assim que eles estabelecem contacto com os clientes. Eles saem de casa e voltam, horas depois, com objetos valiosos”, explicou.
Outro jornal sueco, o Aftonbladet, escreve que muitas vezes as investigações policiais sobre as suspeitas de abusos e exploração sexual de crianças refugiadas são inconclusivas e os casos acabam por ser arquivados.
A polícia de Malmö refere que este tipo de casos “levam tempo” porque são “complicados”.
Uma professora, que preferiu manter o anonimato, disse numa entrevista que a polícia só começa as investigações quando as crianças desaparecem e isso também não ajuda a compreender o que se passa.
Só no condado de Escânia, ao qual pertence Malmö, e de acordo com a imprensa local, foram registados 32 casos de alegadas vítimas de exploração sexual. Os casos foram descobertos e denunciados pelo pessoal que trabalha e gere os asilos de menores, as equipas suecas de emigração e os serviços de ação social.