Afeganistão: número de militares americanos mortos nos ataques terroristas sobe para 13 - TVI

Afeganistão: número de militares americanos mortos nos ataques terroristas sobe para 13

  • Agência Lusa
  • JGR
  • 27 ago 2021, 07:11

Um responsável do Ministério da Saúde do governo afegão afirmou à BBC que o número de feridos é de, pelo menos 140

O número de elementos das forças armadas dos Estados Unidos que morreram nos ataques de quinta-feira nas imediações do aeroporto de Cabul subiu para 13, havendo a registar pelo menos 18 feridos, segundo as autoridades norte-americanas.

Um décimo terceiro soldado dos EUA morreu de ferimentos sofridos no ataque" nas imediações do aeroporto, anunciou o porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos, o major Bill Urban, citado pela agência France Presse.

 

O número de feridos é agora 18", acrescentou, o que representa uma atualização face aos 12 óbitos e 15 feridos anteriormente registados.

Um responsável do Ministério da Saúde do governo afegão afirmou à BBC que o número de feridos é de, pelo menos 140, e que há pelo menos 60 mortos resultantes dos ataques, mas ainda sem confirmação oficial.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu hoje "caçar e fazer pagar" os autores do duplo atentado bombista e do ataque armado junto ao aeroporto da capital do Afeganistão, atribuído ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Não esqueceremos, não perdoaremos e vamos caçar-vos e fazer-vos pagar", disse Joe Biden, depois de um momento emocionado em que relembrou a morte do filho, ele próprio um antigo combatente militar.

Num discurso transmitido ao final da tarde em Washington, Biden afirmou que os ataques desta tarde eram esperados, mas disse que isso não vai alterar a estratégia definida para a saída dos EUA do Afeganistão e acrescentou que é provável que estejam a ser preparados mais ataques terroristas

Os dois ataques da tarde foram reivindicados pelo ramo afegão do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs.

Num comunicado divulgado pela sua agência de propaganda, Amaq, o grupo Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês) afirma que um dos seus combatentes franqueou “todas as fortificações de segurança” e se colocou a menos de “cinco metros de militares norte-americanos”, tendo então detonado o seu cinto de explosivos.

O comunicado só menciona um bombista suicida e apenas uma bomba.

O Pentágono, contudo, reportou a ocorrência de dois atentados-suicida seguidos de um tiroteio, advertindo ainda para a existência de “uma série de ameaças ativas” contra o aeroporto de Cabul, que vão de um possível ataque com foguetes a um atentado com um veículo armadilhado.

OS EUA mantêm a intenção de retirar todos os cidadãos norte-americanos e aliados afegãos até terça-feira, 31 de agosto, mas o Presidente norte-americano acrescenta que a intenção de ajudar estes cidadãos a sair do país para lá da data mantêm-se , e que haverá maneira de os ajudar a abandonar o Afeganistão, terminando uma presença de 20 anos.

Para além das duas explosões junto ao aeroporto e perto de um hotel nas imediações do local, uma terceira explosão ouvida em Cabul, perto da meia-noite de hoje (hora local) não correspondeu a qualquer ataque, mas à destruição de material pelos militares dos EUA no aeroporto, disse o porta-voz dos talibã.

A terceira explosão na capital afegã foi ouvida por muitos cidadãos e jornalistas locais, que logo partilharam nas redes sociais, e ocorreu poucas horas depois do duplo ataque bombista no aeroporto internacional de Cabul, não havendo pormenores sobre a magnitude da última explosão.

Austrália anuncia fim da operação de retirada

O Governo australiano anunciou esta sexta-feira o fim da retirada do Afeganistão, tendo as tropas deixado o país antes do atentado terrorista de quinta-feira, em Cabul, que causou 60 mortos e 140 feridos.

Posso confirmar que, não muito antes do ataque, as tropas australianas e o resto do nosso pessoal estavam em movimento e fora de Cabul", disse o ministro da Defesa australiano, Peter Dutton.

A Austrália retirou mais de quatro mil pessoas, incluindo 3.200 australianos, afegãos e outras nacionalidades em 29 voos das Forças de Defesa australianas e neozelandesas, nos últimos oito dias, declarou o primeiro-ministro australiano.

Scott Morrison afirmou que o número de pessoas retiradas era três vezes superior ao previsto por Camberra.

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