O porta-voz da polícia tailandesa, Prawut Thavornsiri, afirmou que o homem, não identificado, tem cabelo castanho e óculos escuros, podendo ser " estrangeiro ou tailandês".
As autoridades tailandesas revelaram ainda que estão a investigar a existência de possíveis cúmplices, nomeadamente duas pessoas que foram captadas pelas câmaras de videovigilância e que terão ajudado o suspeito do ataque da passada segunda-feira no centro de Banguecoque, quando uma bomba explodiu, matando 20 pessoas e ferindo 123, indicou a polícia.
As câmaras de segurança do recinto religioso onde foi colocado o explosivo captaram um jovem que abandonou uma mochila, onde se acredita que estava escondida uma bomba.
O jovem apanhou um táxi à porta do templo minutos antes de a bomba ter detonado e o taxista que o transportou já foi ouvido pelas autoridades.
“Suspeitamos que ele é o autor (…), mas também procuramos outros suspeitos. Este tipo de ataques não é geralmente planeado por uma só pessoa. Acredito que há tailandeses envolvidos, mas não posso dizer que sejam os únicos”, indicou Prawut Thawornsiri, porta-voz da polícia nacional.
Este responsável anunciou ainda a existência de uma recompensa no valor de um milhão de baht, cerca de 28 mil dólares, para quem forneça informações sobre o paradeiro do suspeito retratado.
Breaking: Thai police release sketch of Bangkok bomb suspect - @AFP pic.twitter.com/rs93n9mj0G
— Jerome Taylor (@JeromeTaylor) August 19, 2015
Templo onde explodiu bomba reabre ao público
Monges budistas lideraram hoje as orações para a reabertura do templo em Banguecoque onde uma explosão matou 20 pessoas, numa altura em que a polícia procura um homem suspeito de ter deixado a bomba no local.
A bomba explodiu no final da tarde de segunda-feira, quando o templo Erawan estava repleto de crentes e turistas, mas até agora ninguém reivindicou a autoria do ataque.
A explosão da bomba na capital tailandesa matou pelo menos 11 estrangeiros, da China, Hong Kong, Singapura, Indonésia e Malásia.
HRW pede investigação “imparcial e transparente”
A Human Rights Watch instou, entretanto, as autoridades tailandesas a realizar uma investigação “imparcial e transparente” sobre o atentado à bomba que ainda não foi reivindicado.
A polícia continua no encalce de um homem que as câmaras de segurança mostram no templo Erawan, a transportar uma mochila que deixou no recinto religioso antes de abandonar o local, momentos antes da explosão.
Explosão afeta turismo no Camboja
Mas a explosão no centro de Banguecoque também está a ter impacto negativo na indústria do turismo do Camboja, já que é pela Tailândia que a maioria dos visitantes chega ao país, disse hoje o ministro do Turismo, Thong Khon.
“Em termos gerais, há alguns efeitos de contágio na indústria do turismo porque cerca de 40% dos turistas internacionais entra no Camboja através da Tailândia. Esperamos que a situação em Banguecoque volte rapidamente à normalidade”, disse.
De acordo com o ministro, após o ataque em Banguecoque, elevaram-se as medidas de segurança no Camboja, especialmente nos locais turísticos.