O resultado de um estudo desenvolvido pela investigadora portuguesa Isabela de Santiago revelou que, em São Tomé e Príncipe, as crianças bebem mais álcool do que leite.
Os números são alarmantes: cerca de 58% dos rapazes bebem excessivamente e com frequência. Nas raparigas, o número baixa ligeiramente, para os 43%.
Neste país, um dos mais pobres de África, muitas mães dão álcool aos filhos para substituir a falta de comida, de forma a procurar refúgio para enganar a fome.
Os números são o resultado de um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa sobre o consumo de álcool e drogas por crianças e jovens neste país.
A investigadora revelou que, durante os meses de observação, verificou que as pessoas carregavam consigo garrafões de álcool em vez de água, para beberem durante o dia.