Casillas. «Relação com Mourinho era uma situação pessoal» - TVI

Casillas. «Relação com Mourinho era uma situação pessoal»

Iker Casillas

Antigo guarda-redes do Real Madrid e do FC Porto lembra os tempos em que perdeu a titularidade nos merengues. Garante que não guarda rancor ao treinador português. Fala ainda da saída do Real e da vida pós-futebol

Relacionados

Iker Casillas repassou neste sábado os momentos da saída do Real Madrid para o FC Porto e a relação difícil com José Mourinho durante o período no qual o técnico português passou pelos merengues e o guardião espanhol perdeu o estatuto de titular indiscutível.

«As duas situações foram diferentes», começou por dizer em resposta a uma pergunta sobre o facto de ter sido suplente com Vicente Del Bosque e Mourinho. «Uma estava justificada a nível desportivo [a de Del Bosque] e a outra era mais pessoal. Fomos duas pessoas que se deram bem durante um ano e meio e depois tivemos discrepâncias, mas eram normais entre um capitão de equipa e um treinador. Chocamos mais porque temos de falar com o treinador praticamente todos os dias e a relação vai-se desgastando», afirmou durante o evento anual da Fundação TELMEX Telcel, no México.

E acrescentou, garantindo que o «machado de guerra» está enterrado. «Mourinho pensava que eu não estava ao nível de outro companheiro ou, somando a isso, como a nossa relação não estava tão bem, era mais fácil escolher entre um e outro. Há coisas que as pessoas não veem, mas tenho uma boa relação com ele. Encontrámo-nos várias vezes depois e trocámos palavras agradáveis. Não há que haver rancor. Cada um queria o melhor para a equipa. Eu decidi não me relacionar tanto com ele, porque não gostava das coisas que via e ele optou por outro companheiro», disse, referindo a Diego López.

Sem papas na língua, como habituou também os adeptos em Portugal, Casillas assumiu que a forma como deixou o Real Madrid, sem direito a uma despedida à altura, foi mal gerida. «Equivocámo-nos, mas aprendemos. Não gosto dessas imagens e creio que não foi bom para ninguém. Mas tenho a certeza de que um dia vamos corrigir esse pequeno deslize e faremos coisas boas para que toda a gente se sinta bem», frisou.

O ex-guardião do FC Porto falou ainda sobre a vida pós-futebol, algo ao qual se foi habituando. «A vida muda bastante e temos de nos reinventar um pouco a nível pessoal e profissional. Tive sorte: comecei a perceber há dois ou três anos que a carreira de futebolista estava a terminar e quando tive o enfarte há um ano e meio já tinha o caminho planeado. Era uma questão de pôr tudo a funcionar mais cedo ou mais. Pelas circunstâncias que se passaram, teve de ser antes, mas não há problema.»

Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE