Israel anunciou que vai revogar as credenciais dos jornalistas da cadeia televisiva Al Jazeera no país e fechar mesmo o escritório que existe Jerusalém. O ministro da comunicação, Ayoub Kara, fez o anúncio numa conferência de imprensa, onde Al Jazeera já foi impedida de participar. O governante argumenta que o canal está a ser usado por grupos para "incitar" a violência, algo que a cadeia de televisão nega.
Nós baseamos nossa decisão no movimento encetado pelos estados árabes sunitas para fechar os escritórios da Al Jazeera e proibir o seu trabalho"
A decisão do Governo tem de ser ainda submetida a aprovação do parlamento. “Vamos tentar resolver isto o mais rápido possível”, antecipou.
A Al Jazeera já condenou a decisão de Israel, prometendo tomar "medidas legais necessárias" contra tal decisão e lembrando que surge de um país que afirma ser "a única democracia" no Médio Oriente. Está, porém, no entender dos jornalistas, a pôr em marcha um movimento "antidemocrático".
A Al Jazeera continuará a cobrir os acontecimentos dos territórios palestinianos ocupados, de forma profissional e precisa, de acordo com os padrões estabelecidos pelas agências internacionais, como o Escritório das Comunicações do Reino Unido (Ofcom)".
Israel moves to shutdown Al Jazeera and ban its journalists #DemandPressFreedom pic.twitter.com/o9oMf88ZDx
— Al Jazeera English (@AJEnglish) 6 de agosto de 2017
As delegações nos territórios palestinos de Gaza e na cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia, não serão, ao que tudo indica, afetadas pela decisão de Israel relativa a Jerusalém.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já tinha ameaçado fechar as operações da Al Jazeera no país, acusando a rede de incitar a violência contra Israel.