Ian Brackenbury Channell, conhecido como “O Feiticeiro da Nova Zelândia”, viu o seu contrato com a cidade de Christchurch ser terminado, após 23 anos de prestação de “serviços de feitiçaria” para a autarquia local.
O porta-voz da autarquia, Lynn McLelland, informou que enviou uma carta ao feiticeiro, agradecendo-lhe a prestação dos serviços e informando-o da não renovação do contrato.
A decisão foi difícil, mas o feiticeiro fará sempre parte da história de Christchurch”, afirmou, citada pelo jornal The Guardian.
Já o feiticeiro considera que o contrato não foi renovado porque já não se enquadrava com o "ambiente" da cidade.
Subentende-se que sou velho e aborrecido, mas não há ninguém como eu em Christchurch. Apenas não gostam de mim porque são uns burocratas velhos e aborrecidos”, disse.
Nascido em Inglaterra, Ian Brackenbury Channell começou a praticar atos de feitiçaria em público pouco depois da sua chegada à Nova Zelândia, em 1974. Em 1990, o então primeiro-ministro do país, Mike Moore, recomendou, em carta oficial, a sua nomeação para “Feiticeiro da Nova Zelândia”.
“Estou preocupado com o facto de a sua feitiçaria não estar ao dispor de todo o país. Por isso, sugiro que considere a minha sugestão de se tornar no ‘Feiticeiro da Nova Zelândia', Antártida e outras ilhas. Não tenho dúvidas de que haverá consequências ao nível de feitiços, bênçãos, maldições e outras ocorrências sobrenaturais que extravasam as competências de primeiro-ministro”, declarou Moore.
Durante as celebrações do aniversário da rainha em 2009, Channell foi laureado com uma medalha pelos serviços prestados à comunidade.