Rei Juan Carlos quer passar o Natal em Espanha, mas Palácio da Zarzuela mostra reticências - TVI

Rei Juan Carlos quer passar o Natal em Espanha, mas Palácio da Zarzuela mostra reticências

Juan Carlos I

O rei emérito de Espanha mostrou também intenções de regularizar mais de meio milhar de euros obtidos de forma ilícita

O rei Juan Carlos, rei emérito de Espanha, mostrou às pessoas que lhe estão mais próximas que tem intenções de regressar a Espanha para passar o Natal e assim passar uns dias com a família. De acordo com o jornal El Mundo, a intenção do rei emérito terá já chegado ao Rei Felipe VI, ainda que de forma não oficial. Mas o Palácio da Zarzuela, que estará a analisar a situação, mostra algumas reticências em relação a este regresso, ainda que temporário, de Juan Carlos.

A Casa do Rei teme que o regresso de Juan Carlos prejudique a monarquia espanhola, por causa das polémicas que o envolvem. Juan Carlos, aliás, também terá, de acordo com o El Mundo, transmitido que não quer regressar se o Governo e a casa real não estiverem de acordo. O rei emérito não quer que o seu regresso provoque uma crise institucional e prejudique a regência do filho.

Juan Carlos também manifestou intenções de regularizar a situação fiscal de mais de meio milhão de euros, que terá obtido de forma ilícita e fugindo aos impostos. De acordo com o jornal El País, a equipa de assessores jurídicos de Juan Carlos já se terão reunido com responsáveis do fisco espanhol, para lhes transmitirem a intenção de regularizar, do ponto de vista fiscal, os fundos obtidos entre 2016 e 2018, uma altura em que já não tinha imunidade, dado que havia abdicado em 2014, em favor do filho.

De acordo com a investigação aos rendimentos não declarados pelo rei Juan Carlos I, os valores, obtidos a partir da conta de um empresário mexicano, superam os 500 mil euros e foram obtidos em três ocasiões. Em pelo menos uma dessas ocasiões, configuram também um delito fiscal.

Tratou-se de dinheiro usado por Juan Carlos em viagens de luxo, hotéis e outros gastos luxuosos, durante os anos de 2016, 2017 e 2018. Eram verbas procedentes de contas do empresário mexicano, seu amigo, Allen Saginés-Krause. O rei terá obtido esses valores através de um alegado testa de ferro, um então coronel do Exército, colaborador do Rei.

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