Pelo menos 28 estudantes enfrentam multas que podem chegar aos 30.000 euros após uma festa na residência universitária da Universidade Politécnica de Valência, em Espanha.
A festa, que teve lugar a 26 de setembro passado, resultou em 131 casos positivos de covid-19 e obrigou à suspensão de todas as aulas presenciais durante duas semanas, afetando mais de 25.000 alunos.
Mas o número de universitários multados pode ser maior, uma vez que a polícia espanhola ainda está a identificar os mais de 50 participantes na festa que decorreu, inicialmente, no topo da residência universitária Galileo Galilei, estendendo-se, depois, aos quartos.
Também os responsáveis pelo espaço estão sob a a alçada da Justiça, por terem sido permissivos e terem demorado demasiado tempo a reagir ao descontrolo que levou a que a Polícia Nacional fosse chamada duas vezes à residência.
A festa terminou às 21 horas daquele sábado, mas prosseguiu em dois quartos. Num deles, estavam 22 universitários, que foram identificados pelas autoridades, na sequência da primeira deslocação ao alojamento, era uma da manhã. Duas horas depois, os agentes voltaram e identificaram mais seis estudantes que prosseguiam a festa noutro quarto.
A polícia confirmou que nenhum tinha máscara e que não era possível manter o distanciamento social.
Por decisão da ministra da Justiça da Comunidade Valenciana, Gabriela Bravo, deferida esta manhã, e tendo por base o relatório policial, os 28 estudantes que foram já identificados enfrentam, agora, multas que vão desde os 601 euros até aos 30.000, por incumprimento das medidas de contenção da covid-19, decretadas pelo governo regional.
Os responsáveis pela residência universitária e o conselho escolar também foram visados no relatório da polícia, que acusou o diretor do alojamento "pelo total descontrolo", "inação" e "falta de medidas". Já o conselho escolar, que convocou a festa, alegou que a cancelou, mas também assumiu que alguns dos seus elementos participaram na festa não autorizada.