“É injusto” que Fidel tenha morrido “no melhor hospital” e “tão tarde” - TVI

“É injusto” que Fidel tenha morrido “no melhor hospital” e “tão tarde”

Fidel Castro volta a discursar em Havana

Um dos grandes opositores do regime cubano, condenado por terrorismo em Cuba, admite que tentou assassinar várias vezes o agora falecido líder

O opositor ao regime cubano Luis Posada Carriles, condenado por terrorismo em Cuba, considerou "injusto" que Fidel Castro tenha morrido no "melhor hospital" da ilha e "tão tarde", aos 90 anos.

O ex-agente da CIA participou no sábado, em Miami, nos festejos pela morte do líder histórico da revolução cubana.

Segundo o jornal El Nuevo Herald, Posada Carriles, de 88 anos, diz que só "ao princípio" sentiu "alegria" por saber da morte de Fidel Castro, notícia que esperava há muito.

“É uma morte injusta. No melhor hospital de Cuba, com os melhores médicos e os melhores medicamentos. Não era isso que lhe devia ter acontecido.”

O anti-castrista reconheceu agora que quis matar o líder cubano várias vezes, mas que o “destino” não o ajudou a concretizar esse desejo.

“Fidel Castro procurava uma oportunidade para me matar e eu para o matar a ele”.

Luis Posada Carriles foi detido em 2000, no Panamá, quando Fidel denunciou um alegado plano para o matar durante a Cimeira Iberoamericana. A presidente do Panamá concedeu-lhe um indulto, permitindo que tivesse viajado até aos Estados Unidos.

Já em solo norte-americano, enfrentou a justiça por ter entrado no país de forma ilegal, mas foi definitivamente absolvido em 2011.

Posada Carriles é suspeito de ser o mentor de vários atentados em Cuba e na Venezuela, países que o querem julgar por terrorismo.

Documentos do Departamento de Estado norte-americano apenas confirmam que este opositor cubano foi pago pela CIA para trabalhar contra movimentos comunistas em países da América Latina.

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