O «filho perdido» de Kennedy - TVI

O «filho perdido» de Kennedy

JFK no desfile de Dallas antes de ser assassinado

Neta de arquiduque assegura que teve um filho de John Kennedy em 1945

Uma neta do arquiduque Otão de Habsburgo, Lisa Lanett, garante ter tido um filho do presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, escreve esta segunda-feira o diário vienense «Kurier», segundo a Lusa.

O jornal assinala que o presumível filho de Kennedy, Antonio «Tony» Bohler, de 63 anos e residente na Califórnia, está disposto a fazer testes de ADN para comprovar o seu parentesco com o presidente assassinado em 1953.

A sua mãe, Lisa Lanett, que emigrou para os Estados Unidos em 1938, assegura ter conhecido o futuro presidente em 1944, em Phoenix, Arizona, onde o filho mais velho da poderosa e milionária família Kennedy cumpria o serviço militar durante a II Guerra Mundial.

Kennedy tinha então 25 anos e Lisa Lanett 21. Os dois apaixonaram-se e mantiveram uma relação de vários meses.

«Viajámos para Miami e Nova Iorque e passámos um fim-de-semana juntos em Cuba. Na Primavera de 1945, percebi que estava grávida. Disse-o a Kennedy e ele ofereceu-se para casar comigo», relata Lisa Lanett numa entrevista ao Kurier e acrescenta que recusou porque não queria perder a sua liberdade.

A emigrante austríaca é neta do Arquiduque Otão de Habsburgo (1865-1906), pai do último imperador austro-húngaro Carlos I (1887-1922).

O pai de Lisa Lanett foi um filho ilegítimo mas reconhecido que Otão teve com uma bailarina da corte austro-húngara.

Em 1938, a jovem Lisa Lanett encontrava-se com a mãe em Roma, quando Adolf Hitler anexou a sua Áustria natal.

As duas mulheres decidiram não voltar para a república alpina e conseguiram emigrar para os Estados Unidos, onde Lisa Lanett se casou seis vezes.

Descobre o pai depois dos 30 anos

O seu filho Tony, alegadamente fruto das suas relações com Kennedy, trabalha hoje como comerciante de arte na Califórnia e ficou a saber, há 30 anos, que o pai era supostamente Kennedy.

«Na minha juventude, a minha mãe disse-me que o meu pai era o seu primeiro marido, Juan del Puerto, um mexicano. Eu tinha as minhas dúvidas, já que ele, ao contrário de mim, tinha traços tipicamente latinos», relata.

«Há uns 30 anos, a minha mãe confessou-me que o meu verdadeiro pai era John F. Kennedy. Cresci com a história do nosso parentesco com os Habsburgo. Sempre tive as minhas dúvidas mas hoje sei que isso é verdade, talvez também como ser filho de Kennedy», acrescenta Bohler.

Contudo Lanett nunca lhe apresentou provas da paternidade de Kennedy.

Teoricamente, Bohler pode fazer um teste de ADN, cujos resultados seriam comparados com o material genético de algum parente de Kennedy.

A confirmar-se que Kennedy foi o pai de Bohler, a família dos últimos imperadores da Áustria e a dinastia política mais famosa dos Estados Unidos ficariam aparentadas, «algo sensacional», diz o Kurier.
Continue a ler esta notícia