PR moçambicano anuncia medidas para minimizar impacto do ciclone Idai - TVI

PR moçambicano anuncia medidas para minimizar impacto do ciclone Idai

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  • 28 mar 2019, 22:15
Filipe Nyusi

As medidas serão aplicadas "nos distritos afetados até dezembro de 2019", disse o chefe de Estado numa declaração à nação a partir da cidade da Beira

O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou hoje medidas para minimizar o impacto do ciclone Idai no centro do país, num pacote que inclui a redução de taxas em eletricidade e transportes e assistência médica gratuita.

As medidas serão aplicadas "nos distritos afetados até dezembro de 2019", disse o chefe de Estado numa declaração à nação a partir da cidade da Beira.

O Governo moçambicano decidiu suspender todas as taxas cobradas no sistema nacional de saúde e está a organizar uma campanha de vacinação contra a cólera.

Na distribuição de eletricidade, o executivo de Filipe Nyusi vai reduzir para metade o valor da fatura da indústria e comércio.

Os agricultores vão beneficiar de uma distribuição gratuita de mil toneladas de sementes, além de 100 mil utensílios agrícolas.

Nos transportes ferroviários, o Governo moçambicano também vai reduzir em 50% as tarifas para os passageiros nas linhas de Sena e Machipanda, que atravessam a região centro, afetada pelo ciclone, bem como no transporte de materiais de construção.

Para os alunos afetados, o executivo de Filipe Nyusi decidiu redistribuir livros e cadernos escolares.

"O Governo vai acelerar ainda o processo de reabilitação dos sistemas de água, energia, escolas e vias de acesso para permitir a rápida normalização da vida", concluiu.

As medidas vão constar de um plano de reconstrução da província, um documento que está ainda a ser elaborado.

Moçambique foi o país mais afetado pelo ciclone Idai, com 468 mortos e 1.522 feridos já contabilizados pelas autoridades, que dão ainda conta de mais de 135 mil pessoas a viverem em 159 centros de acolhimento.

O ciclone afetou cerca de 800 mil pessoas no centro do país, mas as Nações Unidas estimam que 1,8 milhões precisam de assistência humanitária urgente.

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