Com a goleada por 4-1 ante o Corinthians, este domingo, o Flamengo treinado por Jorge Jesus igualou o recorde de Zico, que esteve 17 jogos seguidos sem perder pelos rubro-negros no Brasileirão. O técnico português frisou que a sua equipa ainda não faz parte da história, mas ambiciona.
«Não podemos esquecer a história do Flamengo, tentares fazer melhor é um bom sinal. Eles fazem parte da história, porque foram campeões, nós não fazemos parte da história, não ganhamos nada ainda. Temos de fazer o que eles fizeram», afirmou, sobre o clube que viria, cerca de um ano depois, em 1981, ainda treinada por Zico, a conquistar a sua única Taça Libertadores da história.
Sobre o jogo, Jesus falou em «mais uma vitória com muita qualidade». «O Flamengo voltou a jogar à Flamengo, contra um rival forte, que ainda ninguém tinha feito quatro golos. Os jogadores estão de parabéns, mais uma vez esta torcida ajuda a equipa a não se cansar, mesmo que esteja cansada, ela não se cansa, pelo menos emocionalmente», afirmou, antecipando: «o Flamengo vai perder mais pontos, faltam oito jogos, mas os adversários também vão perder».
O treinador do Flamengo mostrou-se ainda «feliz e orgulhoso», quando questionado pelo acompanhamento que os portugueses têm feito da sua campanha no atual líder do Brasileirão.
LEIA MAIS: todas as notícias de Jorge Jesus
«Sou português e em Portugal sou um bocadinho caracterizado por treinar duas grandes equipas de Portugal, Sporting e Benfica. Hoje estou no Flamengo e sei que todos os portugueses estão a fazer força, seja de que clube for, para que dê tudo certo no Flamengo. Penso que têm orgulho no trabalho que estou a fazer e que o Flamengo consiga os seus objetivos desportivos, isso é tudo aquilo que estamos aqui a fazer, mas ainda há muita coisa. Estamos num caminho que nos dá confiança e segurança, mas o futebol muda», alertou.
Sobre os objetivos a que se propôs para rumar ao Brasil, Jesus foi direto: a «possibilidade de estar na final da Libertadores» e «lutar pelo campeonato brasileiro».
LEIA MAIS: todas as notícias do futebol internacional
«Foi o meu objetivo e a minha decisão, contra as pessoas mais ligadas a mim, os meus agentes principalmente. Em boa hora o fiz. O facto de estarmos a bater o recorde do que o Flamengo tem feito no passado, não digo isto com vaidade, mas se forem ver o nosso historial, onde nós chegamos a qualquer equipa batemos sempre o recorde desse clube: Benfica, Sporting… onde a gente chega. No Flamengo é igual e o importante é chegar ao fim e carimbar estas vitórias em títulos, só isso é que te vai dar o prestígio», considerou.