Covid-19: chefe militar espanhol demite-se após vacinar-se antes do tempo - TVI

Covid-19: chefe militar espanhol demite-se após vacinar-se antes do tempo

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  • Publicada por MM
  • 23 jan 2021, 18:27
Vacinação em Portugal

General garante que “nunca” pretendeu “aproveitar-se de privilégios injustificáveis” e assegura estar de “consciência tranquila”

O chefe das Forças Armadas espanholas, o general Miguel Ángel Villarroya, apresentou, este sábado, a demissão, depois de ter sido acusado de ter sido vacinado contra a covid-19 antes do estabelecido pelo protocolo.

Em comunicado, o Estado-Maior da Defesa informa que o chefe da cúpula militar em Espanha apresentou a demissão “para preservar a imagem das forças armadas”.

Segundo o diário espanhol El País, em causa está a indicação de que o general e outros dirigentes militares terão sido vacinados contra a covid-10 na sexta-feira, apesar de não integrarem os grupo de imunização priritários.

Segundo uma fonte do Estado-Maior não identificada pela agência AFP, a demissão foi aceite pela ministra da Defesa, Margarita Robles. O El País corrobora esta informação, sublinhando que a demissão só deverá ser formalmente aceite na terça-feira, em conselho de ministros.

Na mesma carta, o general Villaroya justifica a decisão de vacinar-se, e a outros dirigentes militares, “com a única finalidade de preservar a integridade, continuidade e eficácia da cadeia de comando das Forças Armadas”.

O general garante que “nunca” pretendeu “aproveitar-se de privilégios injustificáveis” e assegura estar de “consciência tranquila”.

Fontes do Estado-Maior confirmaram ao El País que Villarroya e outros generais da cadeia de comando das Forças Armadas receberam a primeira dose da vacina fabricada pela Pfizer-BioNtech. Ora, o plano de vacinação para a Defesa impunha como prioritário o grupo de profissionais de saúde ao serviço da instituição militar e depois os efetivos destacados para missões internacionais.

A covid-19 já infetou cerca de 2,5 milhões de espanhóis, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde local, causando mais de 55 mil mortos.

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