China “opõe-se firmemente” à decisão francesa de suspender extradição com Hong Kong - TVI

China “opõe-se firmemente” à decisão francesa de suspender extradição com Hong Kong

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  • 4 ago 2020, 10:02
China

Canadá, Reino Unido, Austrália, Alemanha e Nova Zelândia anunciaram medidas semelhantes

Pequim "opõe-se firmemente" à "má decisão" de Paris de suspender o acordo de extradição com Hong Kong devido à aprovação da lei de segurança nacional na região semiautónoma, anunciou hoje o Governo chinês.

"A má decisão de França e as observações sobre Hong Kong constituem uma interferência nos assuntos internos da China. A China opõe-se firmemente", disse Wang Wenbin, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O governo francês disse na segunda-feira que se recusava a ratificar o acordo de extradição, assinado em 2017 com Hong Kong, devido à imposição de nova legislação na antiga colónia britânica.

Também Canadá, Reino Unido, Austrália, Alemanha e Nova Zelândia anunciaram medidas semelhantes, nas últimas semanas, em reação à lei de segurança nacional, que entrou em vigor desde 30 de junho na Região Administrativa Especial de Hong Kong.

A legislação, aprovada pela Assembleia Popular Nacional da China, parlamento controlado pelo Partido Comunista Chinês, visa punir "subversão, separatismo, terrorismo e conluio com forças estrangeiras" na cidade.

A nova lei foi imposta em reação aos protestos de 2019 contra a influência de Pequim em Hong Kong, e críticos temem que acabe com as liberdades desfrutadas pela ex-colónia britânica, devolvida à China em 1997.

O texto "põe em questão o princípio ‘um país, dois sistemas' e o respeito pelo ‘alto grau de autonomia' de Hong Kong e as liberdades fundamentais no território", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Agnes von der Mühll.

O ministério considerou que a legislação "afeta diretamente os cidadãos e negócios" franceses no território.

A França também pediu a realização "o mais rápido possível" de eleições legislativas em Hong Kong, inicialmente agendadas para setembro, mas que foram adiadas por um ano, devido ao coronavírus, no final de um mês marcado pela desqualificação dos candidatos do movimento local pró-democracia.

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