Um homem foi condenado a cinco anos de prisão, em França, depois de transmitir um vídeo em direto no Facebook, onde estava a bater e a ameaçar de morte um outro homem. A rede social foi crucial na investigação da polícia ao fornecer dados para a detenção do suspeito.
O caso remonta ao passado sábado, dia 3 de agosto, quando o suspeito estava a transmitir um live onde batia de forma violenta num outro homem. O condenado exibia ainda uma arma de fogo e proferia ameaças de morte à vítima.
Exibindo uma pistola, o autor fazia ameaças de morte contra a vítima, enquanto lhe dava estaladas de extrema violência na cara e em todo o corpo", pode ler-se no comunicado da polícia francesa.
A unidade de cibercrime da polícia francesa confirmou que recebeu o alerta através da plataforma Pharos, um portal online criado para o ministério do Interior francês, que permite que cidadãos comuns possam reportar conteúdos digitais ilícitos. Este sistema foi criado em 2009 e ajuda as autoridades francesas a fazerem uma ponte entre os crimes praticados e as plataformas online.
Após receber a queixa, a polícia contactou de imediato o Facebook, que divulgou os dados da conta que estava a transmitir o vídeo. Através da rede social foi possível chegar ao IP do utilizador da conta, o que permitiu saber a localização da transmissão.
Chegados ao local, os agentes montaram um forte dispositivo em volta da habitação do suspeito, apanhado em flagrante delito, que foi colocado sob custódia momentos depois. A vítima foi analisada e levada para o hospital de Rennes. O homem não corre risco de vida.
A polícia relembrou a importância da denúncia deste tipo de situações: "Se está a enfrentar conteúdo ilícito na Internet, sinta-se livre para denunciar no Pharos".
O autor do crime seria presente ao tribunal de Rennes nesta terça-feira, tendo sido condenado a cinco anos de prisão, um em pena suspensa. Como agravantes estiveram a reincidência deste tipo de crime e a divulgação do mesmo, o que pressupõe a premeditação dos atos, segundo o Le Figaro.
O Facebook tem restringido a sua política de divulgação de conteúdo nos últimos anos. Recorde-se que em março deste ano ocorreu um atentado em Christchurch, na Nova Zelândia, que foi transmitido no Facebook pelo atacante.