Ex-presidente francês Sarkozy condenado por corrupção - TVI

Ex-presidente francês Sarkozy condenado por corrupção

Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês, em tribunal

Nicolas Sarkozy foi condenado a um ano de prisão efetiva mas vai recorrer da pena

Um tribunal de Paris condenou o antigo presidente francês Nicolas Sarkozy, considerando-o culpado do crime de corrupção ativa e tráfico de influências.

A acusação pedia uma pena de quatro anos de prisão. Sarkozy, de 66 anos, foi condenado a três anos de prisão, com dois de pena suspensa. Ou seja, um ano de prisão efetiva.  A juíza afirmou que Sarkozy poderá ficar em prisão domiciliária, com vigilância eletrónica. No entanto, a sua advogada, Jacqueline Laffont, já anunciou que vai recorrer da decisão.

Após este “julgamento extremamente severo” e “totalmente infundado e injustificado”, Nicolas Sarkozy “está calmo mas determinado em prosseguir a sua demonstração de inocência”, assegurou Laffont.

“Sarkozy usou seu estatuto como ex-presidente francês” para prometer um emprego a um magistrado em troca de um favor, disse a juíza presidente Christine Mée, esta segunda-feira, quando anunciou a decisão do tribunal. A juíza considerou que o delito que Sarkozy cometeu foi "particularmente sério".

Nicolas Sarkozy, que exerceu o cargo entre 2007 e 2012, foi julgado em conjunto com o então seu advogado e amigo Thierry Herzog. Em 2014, ambos terão terão prometido ao magistrado Gilbert Azibert um lugar no Conselho de Estado do Mónaco se este magistrado, que estava então no Supremo, ajudasse na investigação do designado "caso Bettencourt", referência à investigação ao financiamento ilegal da campanha presidencial de 2007 pela mulher mais rica da França, a herdeira da L'Oreal Liliane Bettencourt.

O julgamento só foi possível devido ao registo das conversas telefónicas de Sarkozy com o seu advogado, incluídas num outro processo relacionado com um alegado financiamento da sua campanha de 2007 com dinheiro do regime líbio de Muammar Kadhafi.

O político francês negou veementemente todas as acusações durante o julgamento de 10 dias, ocorrido no final do ano passado.

Thierry Herzog, de 65 anos, e o agora reformado magistrado Gilbert Azibert, de 74 anos, foram também condenados a um ano de prisão.

Esta é a segunda vez que um chefe de Estado francês é condenado por um tribunal. Em 2011, Jacques Chirac recebeu pena suspensa de dois anos por ter conseguido empregos falsos para aliados políticos na Câmara de Paris quando era presidente da autarquia da capital. 

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