Justiça francesa investiga ministra e 18 eurodeputados - TVI

Justiça francesa investiga ministra e 18 eurodeputados

  • SP
  • 31 mai 2017, 12:19
Marielle de Sarnez

Uma eurodeputada da Frente Nacional denunciou várias irregularidades na contratação de assistentes

A justiça francesa abriu uma investigação para apurar se 19 eurodeputados franceses, entre os quais a atual ministra dos Assuntos Europeus, Marielle de Sarnez, contrataram de forma irregular assistentes para o Parlamento Europeu.

O inquérito preliminar teve início a 22 de Março, na Procuradoria de Paris, e foi avançada na última segunda-feira pelo jornal Le Parisien. A investigação começou com uma denúncia da eurodeputada da Frente Nacional Sophie Montel, partido que está a ser investigado pelo mesmo crime desde dezembro.

Montel terá enviado ao procurador François Molins e ao gabinete europeu antifraude uma lista de 19 eurodeputados franceses, de vários partidos (direita, esquerda e ecologistas), bem como de 30 assistentes que acumularam funções nos partidos dos seus empregadores.

De entre os vários nomes, o jornal francês destaca o de Marielle de Sarnez e da sua assistente de 26 anos, Philippine Laniesse, contratada com o dinheiro do Parlamento Europeu e que não só é membro do partido da ministra, o MoDem (Movivemento Democrático), como exerce cargos diretivos. Como assistente parlamentar, Laniesse é a responsável para a área da comunicação, trabalho esse que a ministra garante ser "assíduo", com vários relatórios disponíveis para consulta.

Para Sarnez, a denúncia da Frente Nacional é apenas uma forma de desviar a atenção sobre os escândalos que têm assolado o partido de extrema-direita, já que as críticas não têm fundamento porque “a condição de Lainesse como representante municipal foi validada e aprovada pelo Parlamento Europeu e que o acordo estava em conformidade com as regras”.

Desde o final do ano passado, que a Frente Nacional está sob investigação por suspeitas de que vários dos seus eurodeputados contrataram assistentes com dinheiro do Parlamento Europeu, quando na verdade trabalhavam na sede do partido em Nanterre, nos arredores de Paris.

Um dos objetivos do atual presidente Emmanuel Macron passa pela moralização da política e estas revelações sobre a ministra dos Assuntos Europeus pode levantar um desafio ao seu governo.

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