Polícia francesa detém cinco suspeitos de contactarem com homicida de Samuel Paty - TVI

Polícia francesa detém cinco suspeitos de contactarem com homicida de Samuel Paty

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  • JGR
  • 8 dez 2020, 22:17
Franceses saem à rua para protestar morte de professor decapitado por extremista islâmico

O anúncio da detenção foi feito esta terça-feira por fontes judiciais e por fontes ligadas à investigação do assassínio do professor

Cinco homens suspeitos de terem contactado por telefone com Abdullakh Anzorov, o refugiado checheno nascido em Moscovo que decapitou o professor francês Samuel Paty, no passado 16 de outubro, foram detidos na segunda-feira.

O anúncio da detenção foi feito esta terça-feira por fontes judiciais e por fontes ligadas à investigação do assassínio do professor.

Os suspeitos, com idades entre os 18 e os 21 anos, todos de origem chechena, foram detidos nas regiões francesas de Seine-Maritime (norte) e Haute-Loire (centro-sul), acrescentaram fontes próximas da investigação do homicídio do professor.

Samuel Paty, professor que mostrara caricaturas de Maomé aos seus alunos, foi decapitado em 16 de outubro passado, perto de Paris.

Os investigadores suspeitam que os cinco detidos tenham comunicado, por correio, com o homicida de Samuel Paty, professor do colégio Bois d'Aulne, em Conflans-Saint- Honorine, a noroeste de Paris.

A detenção dos cinco homens pode prolongar-se até 96 horas caso venham a ser acusados num processo de investigação em curso por "cumplicidade no homicídio terrorista" e "associação terrorista criminosa".

A investigação abrange 14 pessoas, das quais seis estudantes universitários. Cinco destes foram indiciados por "cumplicidade num homicídio terrorista" e estão acusados de terem indicado o professor de 47 anos para Abdullakh Anzorov, um refugiado de 18 anos.

Brahim Chnina, pai de um aluno responsável pela campanha de difamação do professor, e o ativista islâmico que o apoiava, Abdelhakim Sefrioui, também estão acusados de "cumplicidade".

Numa mensagem áudio difundida em russo, Abdoullakh Anzorov assumiu a responsabilidade pelo homicídio do professor, alegando "ter vingado o profeta Maomé".

Pouco depois do assassínio, Abdoullakh Anzorov foi morto a tiro pela polícia, a 200 metros do corpo da sua vítima.

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