A Procuradoria de Paris quer que a Air France seja julgada pela queda de um avião que fazia a ligação entre o Rio de Janeiro e Paris e que matou 228 pessoas em 2009.
Neste pedido, que chegou a tribunal a 12 de julho, a procuradoria considera que a companhia aérea foi “negligente” e “imprudente” ao não fornecer aos pilotos informações sobre como reagir às falhas nas sondas que controlavam a velocidade do aparelho, depois de terem sido registados vários incidentes antes do desastre.
A procuradoria parisiense iliba, no entanto, a fabricante Airbus por considerar que não existem elementos suficientes para apresentar acusação contra a empresa e levá-la a julgamento.
Agora, caberá aos juízes decidir se seguem as recomendações da procuradoria.
Esta é uma batalha judicial que corre nos tribunais há mais de dez anos.
O voo AF447 caiu no Oceano Atlântico a 31 de maio de 2009. Os 228 passageiros e tripulantes, oriundos de 34 nacionalidades, morreram naquele que foi o mais grave acidente da história da Air France.
As duas caixas negras do avião só foram recuperadas dois anos após o acidente, a 3.900 metros de profundidade.
As investigações revelaram que a formação de gelo durante o voo nas sondas Pitot levou a uma interrupção das medições de velocidade do aparelho, um Airbus A330, e desorientou os pilotos.