O presidente francês, Emmanuel Macron, sofreu, neste domingo, o seu primeiro revês eleitoral, no dia em que a Câmara Alta do parlamento foi parcialmente renovada e onde a direita reforçou a sua maioria.
Segundo os resultados preliminares, o partido republicano, com 142 senadores, estava a caminho de fortalecer a sua presença no Senado.
Enquanto aguardamos os resultados finais, sabemos que teremos cerca de 150 [senadores], uma progressão inesperada", disse Bruno Retailleau, presidente do partido no senado, citado pela agência de notícias francesa AFP.
O partido do presidente Macron, que tinha 29 cadeiras, deverá ter entre "20 a 30" senadores.
O Partido Socialista, em queda após as eleições presidenciais e legislativas, resistiu, melhor do que o esperado, enquanto a extrema-direita da Frente Nacional, de Marie Le Pen, que tinha dois senadores, não ganhou novos lugares.
Este revês eleitoral para o partido de Emmanuel Macron, amplamente antecipado dada a natureza da eleição indireta, que serviu para renovar 171 dos 348 senadores, não impedirá o executivo de governar, mas pode complicar a adoção de algumas das principais reformas com que Macron prometeu "modernizar" a França.
Em França, a Câmara alta tem o poder de atrasar a adoção dos projetos do executivo ao qual é hostil, mas a última palavra pertence sempre aos deputados.