A justiça francesa anunciou esta quinta-feira que vai prosseguir o inquérito que visa François Fillon, candidato da direita às presidenciais em França, suspeito de ter beneficiado a própria mulher com um empregos fictícios.
“As investigações vão continuar”, refere um comunicado da procuradoria francesa, acrescentando que as provas ainda estão a ser recolhidas.
O relatório da polícia sobre os supostos empregos fictícios de Penelope Fillon, casada com o candidato da direita francesa às presidenciais de 23 de abril, foi enviado na quarta-feira para a procuradoria francesa.
O jornal satírico Le Canard Enchaîné noticiou que a mulher terá recebido mais de 900 mil euros num acumular de empregos fictícios e pagos pelo próprio antigo primeiro-ministro.
Mas os favorecimentos de Fillon à família não se terão ficado por aqui: o candidato presidencial também remunerou os seus dois filhos, com uma verba que rondaram os 84 mil euros, como seus assistentes, quando foi senador, entre 2005 e 2007. As circunstâncias em que receberam as remunerações e as funções que exerceram não são muito claras.
Fillon já fez saber que não vê razões para devolver o dinheiro que foi pago à mulher e aos filhos enquanto seus colaboradores