Apesar dos protestos, Hollande não recua na reforma laboral - TVI

Apesar dos protestos, Hollande não recua na reforma laboral

  • Sofia Santana
  • 17 mai 2016, 11:18
Hollande e Valls marcam presença na homenagem às vítimas

Numa entrevista à rádio Europe 1, o Presidente francês garantiu que "não vai ceder" à contestação. Insistiu que se trata de um pacote de medidas necessárias e que prefere ser lembrado como "um Presidente que fez reformas" do que como "um Presidente que não fez nada"

O Presidente francês, François Hollande, disse esta terça-feira que não vai recuar na reforma laboral, que está na origem da semana de protestos e greves no país que arrancou na segunda-feira. Numa entrevista à rádio Europe 1, Hollande garantiu que "não vai ceder" à contestação.

"Não vou ceder porque já demasiados governos cederam", afirmou à rádio Europe 1.

Em causa está um pacote de medidas que o governo francês quer implementar no sentido de haver uma maior flexibilização do mercado de trabalho. Os manifestantes, no entanto, entendem que estas alterações vão pôr em causa a segurança e a estabilidade no trabalho por facilitarem a contratação e o despedimento de trabalhadores.  

Na entrevista à Europe 1, Hollande insistiu que a reforma é necessária e sublinhou ainda que prefere ser lembrado como "um Presidente que fez reformas" do que como "um Presidente que não fez nada".

"Prefiro que guardem de mim a imagem de um Presidente que fez reformas do que a de um Presidente que não fez nada."

Ao início desta terça-feira, vários camiões bloquearam estradas, afetando troços estratégicos das regiões do norte e do oeste do país. O congestionamento fez-se sentir particularmente na zona de Bordéus. Estão também agendadas marchas em várias cidades, incluindo na capital, Paris. 

De resto, a contestação à reforma laboral já se faz sentir nas ruas francesas há vários meses. Hollande adiantou, na mesma entrevista, que pelo menos 1000 pessoas foram detidas por confrontos com a polícia. Frisou que as pessoas têm o direito de protestar, mas que os atos de violência serão sempre punidos.

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