A Policia Federal norte-americana (FBI) localizou e notificou o gestor Robert Allen Stanford, após as queixas apresentadas pela entidade reguladoras dos mercados que o acusam de cometer uma fraude de oito mil milhões de dólares, escreve a Lusa.
Segundo o porta-voz do FBI, Richard Kolko, citado pela agência Associated Press, os agentes do FBI actuaram a pedida da SEC, Securities and Exchange Comission, e notificaram esta quinta-feira o gestor na cidade de Fredericksburg, Estado da Virgínia.
Fraude de oito mil milhões
A SEC acusou formalmente na terça-feira o gestor e três das suas empresas de cometer uma fraude de oito mil milhões de dólares, enganando os investidores com promessas improváveis e não substanciados retornos muito altos através de certificados de depósitos e outros investimentos.
O gestor não está detido e ainda não foi acusado de qualquer crime pela justiça norte-americana.
A SEC havia afirmado na quarta-feira que desconhecia o paradeiro do gestor. Os bens do gestor, assim como das suas três empresas, foram congelados pelo tribunal.
Allen Stanford é detentor do Stanford Financial Bank, sediado na ilha de Antigua, nas Caraíbas, a corretora Stanford Group e a sociedade de gestão de investimentos Stanford Capital Management, as duas últimas com sede em Houston, nos Estados Unidos.
Mais acusados
O director financeiro do Stanford Financial Bank, James Davis, e a directora de investimento da Stanford Capital Management, Laura Pendergest-Holt, também incluídos na queixa entregue ao tribunal apresentada pela SEC.
Allen Stanford, 58 anos, é um dos mais influentes empresários das Caraíbas, com conselheiros de investimento em todo o mundo a ajudá-lo a construir uma fortuna estimada em 2,2 mil milhões de dólares pela Revista Forbes.
O gestor, que foi considerado a 605 pessoa mais rica do mundo em 2008 pela revista Forbes, tem empresas no Panamá, Venezuela, México, Equador, Peru e Colômbia, sendo ainda dono de seis aviões privados.
FBI localizou e notificou Allen Stanford
- Redação
- PP
- 19 fev 2009, 23:55
Recorde-se que o gestor é suspeito de cometer uma fraude de oito mil milhões de dólares
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