Segundo a agência Reuters, que cita o ministério do Interior, a Eslováquia vai enviar 220 polícias para as fronteiras, que vão ser controladas em coordenação com a Áustria, Hungria e República Checa.
A Eslováquia torna-se, assim, o segundo país a impor controlo nas fronteiras, depois da Áustria.
“Sim, vamos fazer como a Alemanha. Os controlos temporários nas fronteiras são permitidos no quadro de Schengen e vamos fazer esses controlos nas fronteiras”, disse Johanna Mikl-Leitner à imprensa em Bruxelas, à entrada para uma reunião de ministros da União Europeia (UE) sobre a crise migratória.
Este domingo, a Alemanha mobilizou “centenas de polícias” para controlar as suas fronteiras, devido ao afluxo maciço de refugiados. Já esta segunda-feira, o país reviu as estimativas do número de refugiados esperados, de 800 mil para um milhão – é o país que mais refugiados vai acolher.
O objetivo de Berlim é tornar o processo "mais ordenado", disse Steffen Seibert, porta-voz da chancelaria, num encontro regular com a imprensa.
"Os controlos provisórios nas fronteiras não são a mesma coisa que um encerramento das fronteiras, é completamente diferente. Os refugiados vão continuar a entrar na Alemanha, esperamos que isso decorra de forma mais ordenada", declarou.
O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, já voltou a apelar à Europa que tome medidas para ajudar a controlar a entrada de refugiados e migrantes.
Também a França pediu mais controlo nas fronteiras dos países mais afetados pela crise dos refugiados, nomeadamente Itália, Grécia e Hungria. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, propôs que o controlo passe por diferenciar aqueles que procuram asilo, os refugiados, dos que chegam por motivos económicos, os imigrantes ilegais.
Por sua vez, a Polónia já afirmou que não vai aceitar um sistema de quotas automáticas para acolher refugiados – como propõe a União Europeia – e ameaça fechar as fronteiras se houver perigos para a segurança.
A primeira-ministra polaca, Ewa Kopacz, garantiu que já transmitiu esta posição ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
“Assim que eu receba [alguma] notificação sobre qualquer ameaça [à segurança], a Polónia fechará as suas fronteiras. Só vamos aceitar o número de refugiados que conseguirmos suportar, nem um a mais, nem um a menos”, disse.