George Floyd: relatório alerta para risco devido à fuga de informações pessoais de polícias - TVI

George Floyd: relatório alerta para risco devido à fuga de informações pessoais de polícias

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  • 10 jun 2020, 20:30
Protestos nos Estados Unidos após morte de George Floyd

Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos alerta para ataques de "oportunistas violentos ou extremistas violentos domésticos"

Informações pessoais de agentes de polícia nos EUA estão a ser partilhadas na Internet como consequência das manifestações antirracismo desencadeadas pela morte do afro-americano George Floyd, de acordo com um relatório oficial obtido pela Associated Press.

O documento do Departamento de Segurança Interna dos EUA, alerta que a prática, conhecido por “doxxing", pode levar a ataques de "oportunistas violentos ou extremistas violentos domésticos" ou impedir que as autoridades cumpram as suas obrigações.

Vários polícias com posições de chefia em várias cidades, incluindo Washington, Atlanta, Boston e Nova York, tiveram informações pessoais partilhadas nas redes sociais, incluindo moradas pessoais, endereços de email e números de telefone, refere o relatório.

Pelo menos um dos comissários de polícia foi alvejado devido ao seu suposto apoio ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar protestos", acrescenta.

Agentes de polícia têm-se queixado por se sentirem encurralados entre os esforços para travar os protestos violentos e o abandono dos políticos perante a pressão da opinião pública para avançar com uma reforma policial, e alguns disseram correr risco de vida.

Parem de nos tratar como animais e bandidos e comecem a tratar-nos com algum respeito! Nós fomos difamados. É nojento", disse Mike O'Meara, representante do sindicato da polícia do Estado de Nova York, após ter sido revogada uma lei conhecida como Secção 50-a que mantém em segredo os registos policiais.

As forças de polícia norte-americanas tem sido alvo de críticas não só pela morte do afro-americano George Floyd durante uma operação de detenção, mas também devido ao uso da força para reprimir os protestos antirracismo decorrentes, nomeadamente o recurso a gás lacrimogéneo a balas de borracha. 

Floyd, cujo funeral foi realizado na terça-feira, gritou que não conseguia respirar quando um polícia branco em Minneapolis pressionou no pescoço do homem com o joelho.

As mesmas palavras foram usadas por Eric Garner em 2014 quando estava a ser controlado pela polícia, tendo morrido como consequência.

A morte de Floyd, capturada em vídeo, provocou manifestações em várias partes dos EUA e no estrangeiro e o reacendeu o debate sobre o excesso de força policial e o racismo dentro nas forças de segurança.

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