Ex-primeira-ministra da Tailândia condenada a prisão foge para o Dubai - TVI

Ex-primeira-ministra da Tailândia condenada a prisão foge para o Dubai

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  • 28 set 2017, 08:59
Yingluck Shinawatra (Reuters)

Notícia da fuga é avançada pela junta militar do país. Yingluck Shinawatra foi condenada na quarta-feira a cinco anos de cadeia por negligência

A ex-primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra, condenada na quarta-feira a cinco anos de prisão, fugiu para o Dubai, afirmou esta quinta-feira o chefe da junta militar do país, indicando ter sido emitido um novo mandado de captura.

Yingluck Shinawatra não é vista desde 25 de agosto, quando se devia apresentar no tribunal para ouvir o veredito no processo por negligência, em que era acusada de não supervisionar o plano de apoio ao arroz, o que, de acordo com a comissão anticorrupção, causou prejuízos equivalentes a 17,1 milhões de euros e fomentou a corrupção.

De acordo com informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros, ela está agora no Dubai”, disse Prayut Chan-o-Cha.

Várias fontes próximas de Yingluck e da junta militares tinham já dito que a ex-chefe do governo tailandês se encontrava no Dubai, onde também vive o seu irmão Thaksin, também ex-primeiro-ministro que fugiu a acusações judiciais.

Yingluck, que enfrentava uma pena máxima de dez anos de prisão, manteve a sua inocência desde o início do julgamento e disse que a acusação tinha motivos políticos e estava relacionada com a junta militar que governa a Tailândia desde 2014.

A ex-primeira-ministra fugiu do país dias antes da audiência programada para 23 de agosto, na qual o Supremo previa emitir a sentença, que acabou adiada para quarta-feira devido à não comparência da réu.

A ex-chefe de governo foi deposta após uma controvérsia decisão do Tribunal Constitucional, em que foi acusada de abuso de poder por influenciar a libertação de um alto funcionário poucos dias antes de o exército assumir o poder, no golpe em 22 de maio de 2014.

Yingluck chegou ao governo em 2011, depois de ganhar por maioria absoluta à frente do Pheu Thai, um dos partidos criados por Thaksin, que também foi deposto por um golpe de estado em 2006 e condenado em 2008, à revelia, a dois anos de prisão por abuso de poder.

 

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